sábado, 3 de novembro de 2012

Com dribles em psicólogo e faltas, Adriano chega ao fim da linha no Fla

Adriano no treino do Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)

Adriano ainda nem entrou em campo desde que assinou contrato com o Flamengo no dia 21 de agosto, mas o fim da linha se aproxima.Além das seguidas faltas do jogador, que pediu liberação até terça-feira, a cúpula do futebol se mostrou contrariada com o pouco caso dele para se submeter a acompanhamento psicológico. O clube chegou a marcar a ida
do atacante a um psicólogo, mas ele não apareceu e chegou a alegar que iria no dia seguinte. Com o corpo e a mente de Adriano distantes do Ninho do Urubu, a hipótese de vê-lo novamente em campo com a camisa rubro-negra torna-se cada vez menos provável. Na terça-feira, a diretoria vai se posicionar sobre o caso, mas deve ser o último capítulo da relação, sem final feliz.
O acompanhamento psicológico era uma exigência do diretor de futebol Zinho depois do sumiço do atacante nos últimos dias de setembro. Ao saber que o jogador cogitara a aposentadoria, o dirigente se reuniu com ele em 1º de outubro e avisou que só o perdoaria se Adriano passasse a frequentar o consultório de um psicólogo.
- Tem que ter esse acompanhamento (com um profissional de psicologia ou psiquiatria), vamos dar essa contribuição para ele - afirmou o diretor na ocasião.
O jogador costuma desconversar quando lhe sugerem um tratamento psicólogo. Ao longo de sua vida, compareceu a poucas sessões durante os anos de 2008 e 2009, em suas passagens por São Paulo e Flamengo. Na reunião com Zinho, porém, ele acatou a exigência. A concordância ficou no discurso. O médico do Flamengo José Luiz Runco foi o responsável por indicar um profissional. O clube chegou a marcar algumas datas para Adriano ir ao consultório, mas o jogador desconversava, falava que iria no dia seguinte.
Com o acúmulo de faltas do jogador a treinos, Zinho, decepcionado, perdeu a paciência ao saber que ele se recusava a ir ao psicólogo. Em meio ao momento difícil do time no Brasileirão,o diretor decidiu concentrar seus esforços na luta contra o rebaixamento e entregou o caso de Adriano à presidente Patricia Amorim. Em ano eleitoral, ela teme o desgaste de rescindir o contrato de um ídolo. As atitudes dele, no entanto, tornam o caminho praticamente irreversível. Um vídeo feito numa casa de shows na quinta-feira mostra Adriano no palco, dizendo ser favelado e que sabia que, no dia seguinte, as imagens estariam na internet. O império está em ruínas.
Por Janir JúniorRio de Janeiro

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