O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ingressa em uma importante semana de campanha empatado com o candidato republicano Mitt Romney, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada neste domingo (2). Obama tem a chance de passar à frente de seu rival na Convenção Nacional Democrata, que acontece nesta semana em Charlotte, na
Carolina do Norte. A eleição presidencial nos Estados Unidos acontece em 6 de novembro.Segundo a pesquisa, Obama e Romney têm cada um, 45% das intenções de votos entre os eleitores prováveis. Embora cada candidato conte com o apoio esmagador dos eleitores de seus próprios partidos, Romney tem uma vantagem sobre Obama entre os eleitores independentes, de 33% contra 28%.
A enquete de sete dias foi feita pelo grupo Ipsos, por encomenda da agência de notícias Reuters, para julgar as atitudes dos eleitores perto das convenções partidárias.
Há uma semana, a edição anterior da pesquisa da Reuters/Ipsos dizia que Obama liderava a corrida por 46% contra 42% das intenções de votos para Romney. A convenção republicana realizada na semana passada em Tampa, na Flórida, deu a Romney uma pequena vantagem, colocando-o em um empate com Obama, mas não mais do que isso.
Agora, Obama, que deve aceitar a indicação na quinta-feira (6), deverá ganhar seu próprio
impulso da convenção. Neste domingo, ele viajou para os estados do Colorado e Ohio para fazer comícios nas cidades de Boulder e Toledo.
Crise
A pesquisa sugere que os eleitores estão esperando para ouvir o que Obama tem a dizer sobre a questão mais premente da campanha, a economia norte-americana e a taxa de desemprego de 8,3%.
A pesquisa mostrou que 76% dos norte-americanos acreditam que o país está na direção errada, e 73% têm crença similar na questão dos empregos.
Para a pesquisa foram entrevistados, pela internet, 1.441 eleitores norte-americanos registrados para votar. A precisão da pesquisa online Reuters/Ipsos é medida usando um intervalo de credibilidade. Neste caso, a pesquisa tem um intervalo de credibilidade de 2,9% para mais ou para menos para todos os entrevistados.
Estratégia dos democratas
Segundo especialistas afirmaram à agência France Presse, Obama tentará recuperar seu carisma na quinta-feira, como fez em 2008, trocando os limites estreitos de uma sala de convenções por um imenso estádio aberto lotado por 70.000 pessoas.
"A mensagem que queremos fazer chegar aos lares é de que este presidente está comprometido por experiência, princípios e de coração a reconstruir uma economia na qual quem trabalha duro possa seguir em frente, na qual a classe média se sinta segura", disse à AFP o assessor presidencial David Axelrod.
Para isso, o presidente conta também com o sólido apoio da popular primeira-dama Michelle, que certamente o apresentará como homem e como líder, e do ex-presidente Bill Clinton, lembrado por seus dois mandatos de prosperidade, que também pedirá mais quatro anos para Obama.
O presidente deve defender sua cruzada pelas mudanças, destacando a histórica reforma do sistema de saúde e sua ordem de pôr fim à restrição que obrigava os gays a esconder a sua homossexualidade nas Forças Armadas, a retirada das tropas americanas do Iraque, assim como os golpes desferidos na Al-Qaeda, principalmente com a morte de Osama bin Laden.
Obama reiterará ainda seu apelo pelo aumento dos impostos para os ricos e pela manutenção do sistema de saúde para os idosos, mostrando-se mais sensível à classe média do que o multimilionário Romney.
Do G1, com informações da Reuters e da AFP
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