terça-feira, 25 de setembro de 2012

Suspeitos de intoxicar colegas com pó-de-mico são expulsos de escola


O aluno de 17 anos suspeito de jogar pó-de-mico em mais de 20 colegas em uma escola na cidade de Catalão, no sudeste de Goiás, foi expulso pela direção do colégio. Além dele, uma colega de 13 anos também foi responsabilizada pela atitude e foi desligada da instituição. Ainda não ficou comprovada pela polícia a real participação dos estudantes. Eles foram
expulsos da escola com base nos depoimentos que os próprios colegas deram à direção do colégio.
Na semana passada, 22 alunos foram para o hospital depois que um perfume, misturado com pó-de-mico, foi borrifado dentro da sala de aula. Os estudantes chegaram ao pronto socorro com manchas vermelhas no corpo e muita coceira.
O jovem, que cursa o 8º ano do ensino fundamental, afirma que o frasco foi levado por uma colega e se diz vítima do incidente. “Eu peguei. Antes de bater nos meus colegas, eu bati em mim e bati em mais duas ou três meninas. Eu acho que isso não foi minha culpa porque, se eu soubesse o que tinha lá dentro, eu não tinha batido em mim nem nas meninas”, declara.
A menina que também foi expulsa não quis gravar entrevista. Ela disse apenas que achou o vidro de perfume com o pó-de-mico na rua e não sabia o que tinha dentro.
Os dois jovens vão ser investigados pela Polícia Civil. Segundo a delegada responsável pelo caso, Juliana Moriwaki, se ficar comprovado o envolvimento dos adolescentes, eles podem ser punidos. “Temos que saber também o que consiste aquela substância e a gente já oficiou para o hospital encaminhar os prontuários dos alunos que foram atendidos ali no dia”, relata a delegada.
Mesmo sem a conclusão das investigações, para a família do adolescente, o problema agora é conseguir matricular o jovem em outra escola. “Eu quero que as pessoas reconheçam que ele não é culpado disso. Se ele soubesse de um trem desse, ele não ia fazer uma coisa dessas. Eu queria que eles arrumassem escola para mim de volta. E as pessoas verem ele como uma pessoa normal, porque as pessoas não o veem como uma pessoa normal. Todo mundo só acha de discriminá-lo a todo tempo”, desabafa a avó do jovem, que não quis se identificar.
Ela também disse que o neto tem problemas mentais e que a direção da escola sabia que ele precisava de um acompanhamento especial, o que, segundo ela, não foi feito. A avó acredita também que, devido à condição do rapaz, os próprios colegas podem ter preparado essa brincadeira.
O diretor da escola não quis gravar entrevista e também não comentou as afirmações da avó do adolescente.
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera


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