sexta-feira, 7 de setembro de 2012

EUA estão diante da escolha de uma geração, diz Obama em convenção

O presidente dos EUA, Barack Obama, é recebido pela mulher, a primeira-dama Michelle Obama, no ultimo dia da convenção do Partido Democrata. (Foto: AFP Photo)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (6) que o país está diante da "escolha de uma geração", a exatos dois meses de eleições presidenciais em que enfrentará o republicano Mitt Romney.

"Quando vocês pegarem aquela cédula para votar, vocês estarão diante da escolha mais clara de uma geração", disse Obama aos delegados reunidos na Convenção Nacional Democrata, na Carolina do Norte.
No discurso, em que Obama aceitou formalmente a nomeação do Partido Democrata para a Casa Branca, ele convocou seus compatriotas a se unirem a ele em uma campanha da classe média para derrubar o déficit e criar empregos nos setores manufatureiro, energético e educacional.
"Nos próximos anos, grandes decisões serão tomadas em Washington, sobre emprego, economia, impostos, déficit, energia e educação, guerra e paz; decisões que terão consequências enormes sobre nossas vidas e a dos nossos filhos por décadas que virão", disse.
"Em cada tema, a escolha que vocês terão diante de si não será apenas entre dois candidatos ou dois partidos. Será uma escolha entre dois caminhos diferentes para a América", afirmará Obama, comparando sua própria visão de país com a do adversário, o republicano Mitt Romney.
Obama subiu ao palco montado no Time Warner Cable Arena por volta das 22h24 locais (23h24 de Brasília). Diante de mais de 15.000 pessoas, das quais cerca de 6.000 são delegados do partido, ele pediu aos americanos que o honrem com o segundo mandato, apesar da crise econômica generalizada e das pesquisas que indicam que para a maioria dos americanos seu país está no caminho errado.
"Não vou fingir que o caminho que estou oferecendo a vocês é rápido ou fácil. Eu nunca o fiz. Vocês não me elegeram para lhes dizer o que queriam ouvir. Vocês me elegeram para lhes dizer a verdade. E a verdade é que levará mais do que alguns anos para resolvermos os desafios que se acumularam por décadas".
Vencê-los "exigirá esforço comum, responsabilidade compartilhada e o tipo de experimentação corajosa e persistente que Franklin Roosevelt implementou durante a única crise pior do que esta", disse.
O discurso ocorre em um momento em que ele disputa a preferência do eleitorado empatado com Romney, para quem os 8,3% de taxa de desemprego e o crescimento moroso que o país enfrenta são provas de que o presidente não tem mais saída.
'Grande Depressão'
Obama disse ainda que resgatou o país de "uma segunda Grande Depressão", culpou os republicanos por deixar para ele um legado de dívidas e recessão, e alertou que as políticas de Romney podem trazer risco de repetir o desastre.

"Eles querem o seu voto, mas não querem que vocês saibam quais são os planos deles. Isso porque tudo o que eles têm a oferecer, é a mesmma receita de sempre: cortar impostos", disse o presidente, que ironiou os republicanos ao dizer que eles usam o corte de impostos até para combater "frentes frias".
"Eu cortei os impostos daqueles que precisavam: famílias de classe média, pequenos negócios, mas não acredito que outro corte vai trazer mais empregos", disse.
Guerras
O presidente também abordou o tema dos conflitos nos quais os EUA estão envolvidos, capitalizando o fracasso de Romney em não mencionar a guerra no Afeganistão em sua própria convenção, na semana passada.

Obama disse que os americanos podem escolher por  "uma liderança que já foi testada e
comprovada", afirmando ter cumprido promessas de campanhas de retirar as tropas do país do Iraque e do Afeganistão.

"Em 2014, nossa guerra mais longa será terminada. Uma nova torre se ergue [em referência ao novo complexo do World Trade Center], a Al-Qaeda está no caminho da derrota e Osama bin Laden está morto", disse. 
Obama também reafirmou a intenção de manter a parceria dos EUA com Israel e disse que "o Irã terá que enfrentar o mundo que está contra suas ambições nucleares". Ainda segundo o presidente, a mudança que está em curso no mundo árabe "não pode ser decidida por ditadores".
"Meu adversário parece ser novo em política externa", ironizou o presidente. O ex-presidenciável democrata John Kerry e o vice na chapa de Obama, Joe Biden, já haviam elogiado antes o presidente como comandante-em-chefe.
"Se vocês desistirem agora, se aceitarem o cinismo das ideias de que as mudanças não são possíveis, então elas não serã possíveis", afirmou. "Só vocês podem fazer com que isso não aconteça e têm o poder de nos levar para a frente."
"Nossos problemas podem ser resolvidos. Podemos superar nossas dificuldades. O caminho que propomos é difícil, mas nos levará a um mundo melhor", afirmou Obama.
O evento contou ainda com a presença de astros que apoiam o democrata, como as atrizes Eva Longoria e Scarlett Johanson, e a banda Foo Fighters.
Do G1, com agências internacionais




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