terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Mangueira forma bloco com público e canta 50 anos do Cacique de Ramos


A Mangueira decidiu ampliar ainda mais o recém-reformado sambódromo: levou os 72,5 mil espectadores para dentro da pista.  No carnaval 2012, a verde e rosa tentou mostrar que a Marquês de Sapucaí também pode ser palco para os tradicionais blocos de rua contando a história do Cacique de Ramos, que completou 50 anos em 2011.

A bateria da escola prendeu a atenção dos integrantes desde antes do começo do desfile. Com o anúncio de uma "paradinha" de dois minutos, a expectativa de quem desfilava ou acompanhava o desfile era saber como a escola se comportaria no período e como faria a retomada do samba.
A proposta foi cumprida sem complicações, apesar de uma falha pontual no carro de som. A  empatia do público com o enredo não deixou o ritmo cair durante a pausa dos instrumentos. Pouco depois dos 20 minutos de desfile, enquanto bateria e intérprete silenciaram, a arquibancada cantou sem perder o fôlego o samba do enredo "Vou festejar! Sou Cacique, sou Mangueira".
Se no ano passado a escola ficou em terceiro lugar com um enredo sobre Nelson Cavaquinho, em 2012 continua a sonhar com as melhores notas na apuração. Além das inovações da bateria comandada por mestre Ailton Nunes, a escola conta com alegorias e fantasias luxuosas para conquistar o sonhado título.


Evolução
No meio do desfile, a bateria protagonizou junto com o primeiro casal de mestre sala e porta-bandeira um momento especial do desfile. Em meio a uma nova longa parada dos instrumentos, os ritmistas se dividiram abrindo espaço para a passagem do casal e de um tripé que representava uma mesa de pagode. “Foi um tsunami Verde e Rosa. A paradona da Mangueira foi 100%”, disse o presidente da escola, Ivo Meirelles.

Alegorias
No carro abre-alas, "Sou Cacique, Sou Mangueira", a escola homenageou o fundador do bloco Cacique de Ramos. Uma escultura gigante de um índio tocava o surdo, símbolo da escola verde e rosa. A segunda alegora foi batizada de "Praça XI - A pequena África de Tia Ciata". Ela é uma lembraça da região dos arredores da casa de Tia Ciata, considerada a "mãe do samba".

O quarto carro simbolizava uma charrete enfeitada, o primeiro tipo de carro alegórico do carnaval carioca. A quinta alegoria, "Festa da Penha, A Festa do Samba", representava as festas que ocorriam no adro da Igreja de Nossa Senhora da Penha.

O sexto carro trouxe o "Duelo da Alegria", que apresentava os dois blocos rivais: Bafo de Onça x Cacique de Ramos. As alas que seguiram o carro neste setor lembraram os mais famosos sambas do bloco.
O último carro da Mangueira lembrava a roda de samba do Cacique, encontro que viu nascer sucessos nas vozes de Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge Aragão. A alegoria trazia a reprodução de uma tamarineira, árvore que emprestava sua sombra para o encontro dos sambistas.
Fonte: G1 RJ

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