segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Júri italiano decide se acata recurso de acusada de matar em jogo sexual

A estudante norte-americana Amanda Knox chega ao tribunal nesta sexta-feira (30) na cidade italiana de Perugia (Foto: AP)

A jovem norte-americana Amanda Knox, condenada na Itália a 26 anos de prisão pela morte de sua colega de casa britânica, Meredith Kercher, deve conhecer na segunda-feira (3) o veredito da apelação de sua sentença, interposta por ela há 11 meses. Além de Amanda, seu ex-namorado, Raffaele Sollecito, condenado a 25 anos de prisão pelo mesmo crime, também apelou da decisão.

A morte da estudante britânica aconteceu em novembro de 2007, aparentemente em meio a uma noitada embalada por sexo e drogas, no apartamento que as duas dividiam em Perugia, na Itália.

Meredith teve a garganta cortada por uma faca de cozinha que depois foi encontrada com Raffaelle, então namorado da norte-americana.
Além do casal, um terceiro suspeito, o cidadão da Costa do Marfim Rudy Hermann Guede, também foi preso. Ele pediu para ser julgado em um processo rápido e, depois de condenado a 30 anos de prisão, teve a pena reduzida pela metade após um recurso.

A defesa de Amanda, que tinha 20 anos na época do crime, lançou suspeitas sobre a análise de DNA que ligou a garota ao crime.
O júri, composto por dois juízes e seis jurados, pode diminuir ou suspender a sentença, e também aumentá-la, inclusive para prisão perpétua. Após o veredito, os dois presos ainda podem entrar com recurso na suprema corte italiana.
Medo de fuga
Um promotor pediu ao tribunal de Perugia na sexta-feira (30) que mantenha a condenação de assassinato para a estudante norte-americana Amanda Knox, afirmando temer que ela fuja da Itália caso seja libertada.

Se o veredicto for cancelado, os dois seriam libertados imediatamente. Ou seja, se a acusação recorrer, um novo julgamento poderia ocorrer na ausência de Amanda, caso ela volte para os EUA.

"Sabemos que, se o veredicto for cancelado, vai haver uma fuga transatlântica imediata", disse Giuliano Mignini ao tribunal, após sua argumentação.

‘Crucificada’
O advogado de Amanda afirmou, na quinta-feira (29) que a estudante norte-americana era uma jovem ingênua que foi "crucificada" e "empalada em praça públia" ao ser falsamente acusada por um homicídio durante jogos sexuais.

A fala foi feita durante o julgamento do recurso.

O advogado Carlo dalla Vedova disse que houve erros na investigação policial, e pediu ao júri que se desfaça da imagem de Knox com uma moça alucinada por sexo.

"Ela foi crucificada, empalada em praça pública, atropelada por um tsunami midiático", disse Dallla Vedova.

Do G1, com agências internacionais

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