quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Interpretar texto é essencial para ter sucesso no Enem

Provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio são construídas com o uso do método de avaliação Teoria de Resposta ao Item (TRI)

Se você avaliar as últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) verá que além de fatores como interdisciplinaridade, assuntos do cotidiano de forma a analisar o conhecimento de toda a vida escolar, outra característica se faz presente: a interpretação dos textos. Uma em cada quatro questões do Enem é respondida a partir da simples leitura e interpretação do que está ali contido no enunciado. Então, exercitar a leitura e a capacidade de "desvendar" o que diz a questão, pode facilitar e muito na hora de responder as 180 questões de múltipla escolha.



O Enem é dividido em quatro áreas do saber: ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Dentre elas, a que é composta basicamente por compreensão de textos é a de linguagem. Parte das perguntas de leitura e interpretação pode exigir conhecimento de vocabulário específico em diferentes gêneros, como charges, quadrinhos, publicidades, excertos de revistas, fragmentos de obras da internet, entre outros.

Embora nas demais áreas da prova objetiva o número de questões que se baseiam principalmente na leitura de um texto - imagem, trecho escrito, gráfico simples ou tabela - seja menor, não é irrelevante. 

Um constante nos testes: problemas relacionados ao dia a dia.  Por isso, em geral, a compreensão dos enunciados é simples. Problemas do mundo atual, como o aquecimento global, a poluição, a produção agrícola, as crises econômicas, os problemas decorrentes da urbanização estão presentes nas provas de ciências humanas e de ciências da natureza das últimas edições do exame. 

Outro assunto em voga são os relacionados á geopolítica: fronteiras e conflitos entre países. Nesse sentido, entender a delimitação dessas áreas de fronteiras das nações quase sempre são resultado de conflitos, disputas e conquistas. Além de perceber como os diferentes grupos sociais se dividem pelo território das cidades e quais os problemas decorrentes da urbanização acelerada nos países subdesenvolvidos.

Saber ler um mapa, identificando continentes e principais países, além de Estados brasileiros é outro item fundamental. A leitura de mapas e o reconhecimento, neles, dos principais conflitos relacionados a território e posse da terra é o principal conteúdo cobrado em geopolítica.

Por isso, questões envolvendo conflitos territoriais relacionados à demarcação de fronteiras (como ocorre em alguns países do Oriente Médio), reconhecimento de nacionalidades e questões sociais, como o MST e as ligas camponesas no Brasil são esperadas.

As provas objetivas são construídas com o uso do método de avaliação conhecida como Teoria de Resposta ao Item (TRI),o que faz com que provas diferentes tenham o mesmo nível de dificuldade. Para isso, as questões passam por um pré-teste,  quando diferentes estudantes do país respondem a questão. Pelo número de acertos e erros, o item recebe pesos diferentes, relacionados ao seu grau de dificuldade. Este ano as provas acontecem dias 22 e 23 próximos.

Para garantir um bom resultado na redação, o candidato precisa saber a diferença entre dissertação e narração. O texto dissertativo é aquele por meio do qual se faz comentário a respeito de uma questão em debate e o comentário é expresso de maneira direta por meio de conceitos e julgamentos. Diferente do texto narrativo, em que a opinião está implícita.

A prova de redação começa com uma leitura atenta da proposta. É importante ter em mente, que embora o aluno costume pegar um trecho isolado, que lhe é mais familiar, a proposta tudo é correlacionado. Por isso, deve se estar atento a todo o enunciado, a coletânea de informações que é proposta.

Outro ponto relevante é assumir uma posição em relação ao assunto abordado. Isto porque, a banca examinadora avalia na redação se o candidato já tem opinião própria, se tem capacidade de fazer uma reflexão personalizada.

É preciso argumentar bem. O argumento não é prova de verdade. O argumento é bom quando tem relação com que pretende sustentar e quando é pouco refutável. Além da correção gramatical, o candidato deve organizar bem as frases. Pegue a sua própria linguagem e escreva com capricho. Não tente usar termos que você desconhece.

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