Delegada do caso do aluno de São Caetano que atirou na professora e se matou diz que não conseguiu chegar à motivação do crime.
Lucy Fernandes, delegada do 3 Distrito Policial de São Caetano, responsável pelo caso, disse nesta terça que não sabe os motivos que levaram o aluno a atirar contra a professora e depois se matar. "Infelizmente, eu acho que as respostas ele levou com ele. A gente vai tentar tirar algumas conclusões e cada um vai adotar a sua", afirmou.
Os laudos do IML (Instituto Médico Legal) devem ficar prontos até sexta-feira
e só mais quatro alunos serão ouvidos até a finalização do inquérito. Segundo a delegada, todos os depoimentos colhidos até agora - como de professores, alunos e psicólogos - apontam que o menino era um bom aluno e de boas notas. Segundo os relatos, ele não tinha motivos para atirar na professora.
SEM NEGLIGÊNCIA/ A delegada ainda reforçou que não vai indiciar o pai do estudante, que é guarda civil municipal, pelo crime de negligência em relação à guarda de sua arma. "Eu acho que ele não foi negligente não. Os filhos sempre foram orientados que o pai tinha arma e nunca demonstraram curiosidade, nem o desobedeceram", disse.
O revólver de calibre 38, segundo o pai, ficava sempre guardado dentro do armário do casal a uma altura de 1,9 metro. Os filhos sabiam onde a arma era guardada. Segundo a delegada, o pai, que sempre mantinha o revólver descarregado, disse que o deixou com munição na véspera da tragédia porque estava com pressa.
Em relação ao depoimento da professora, colhido na última segunda-feria, a delegada disse que Rosileide ainda está confusa e chocada. Ela teve alta na quinta-feira. A docente afirmou à polícia que não percebeu que foi baleada. Ela apenas teria sentido uma descarga elétrica no corpo e caiu no chão.
Ainda de acordo com Lucy, o pai e a mãe da criança estão juntos há 20 anos e têm um convívio harmônico.
Mais um aluno leva revólver para escola
Um revólver calibre 22 foi encontrado, por volta das 18h da segunda-feira, com um menino de 10 anos em uma escola estadual em Rio Grande da Serra, no ABC. O motorista da van escolar percebeu que o garoto estava armado e avisou a direção da escola.
'Pensei que arma era brinquedo', diz menino
O menino foi revistado e a arma estava na mochila, sem munição e com numeração raspada. O pai dele prestou depoimento na delegacia e disse que o revólver estava quebrado. O aluno disse que pensou que a arma fosse de brinquedo e queria mostrá-lo para os colegas.
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