O Colégio Estadual Getúlio Vargas, em Ananás (TO), no norte do estado, está em processo de construção desde 2010. A obra está parada há mais de um ano. Em função disso professores e alunos enfrentam problemas para conseguir dar continuidade ao calendário escolar. São cerca de 620 estudantes divididos em 23 turmas, que precisam enfrentar o calor
e a falta de infraestrutura do local.
O professor Antonio Carlos Pereira usa o reboco de uma parede como lousa. "Se estiver chovendo não tem como vir para essa sala. Não tem como dar uma boa aula porque não tem estrutura", desabafa.
A escola passaria a ser de tempo integral após ser contemplada por um projeto do governo estadual. Por isso uma nova estrutura estava sendo construída. O projeto previa oito salas amplas, quatro laboratórios e uma quadra esportiva coberta. Mas no lugar das benfeitorias, muito mato. As poucas salas que receberam cobertura servem de depósito para materiais antigos, como carteiras e mesas.
O prédio antigo não tem mais espaço. Os professores tem que dividir uma sala com vários materiais que não são mais utilizados, por causa da falta de espaço. A estudante Daniela Silva diz que "a escola velha era melhor". Apenas cinco salas de aula podem ser usadas e por isso, elas estão superlotadas. Os alunos tem que estudar em um espaço pequeno, com pouca ventilação e sem ar-condicionado.
Os estudantes dizem que às vezes um ou outro aluno passa mal na sala de aula. "[O problema] é o calor na sala, [a gente] vem pra cá (sic) não tem piso, não tem quadro, [faltam] muitas coisas" diz o estudante Gabriel Lopes. "Muitos alunos aqui começam a passar mal por causa do calor. Alguns vomitam ou tem dor de cabeça", explica a estudante Maria Antonia Costa.
A professora Inês Borges diz que os estudantes têm dificuldade para aprender. "A escola tem um alto índice de reprovação. A gente nem pode exigir tanto dos alunos porque eles não têm culpa dessa situação em que eles estão estudando" conta.
Resposta
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) afirmou que a obra parou para que fosse feita a readequação do projeto, mas garantiu que as obras serão retomadas em 45 dias. Quanto a reclamação dos estudantes sobre o calor, a Seduc informou que no momento não há previsão para resolver o problema.
Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera
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