Após a redução no salário de bônus salarial dos professores da rede municipal de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, a sede da prefeitura do município amanheceu pichada nesta terça-feira (18). As pichações afirmam dizem “corrupção é crime”, “+saúde” e “fora, ladrão”. A
autoria das pichações é desconhecida e foram apagadas ainda na manhã desta terça-feira.
O ato ocorreu no mesmo dia em que o prefeito da cidade, Raimundo Macedo, concedeu entrevista coletiva sobre o corte no bônus salarial dos professores, que tiveram corte de até 40% em adicionais.
A prefeitura de Juazeiro do Norte afirmou que não houve redução nos salários dos prefessores da rede pública de ensino na manhã desta terça-feira (18,. De acordo com a procuradora do município, Mariana Gurgel, "a lei não traz qualuqer redução salarial". "O que se fez foi incorporar 10% que seria da gratificação para o salário base", afirmou.
Segundo prefeito Raimundo Macedo, o Raimundão, somente haverá alteração nos professores que atualmente atuam em cargos administrativos. A prefeitura informou os professores receberam o reajuste do salário base de 7,3%. O projeto enviado à câmara reduz parcialmente a gratificação, mas dá um novo aumento no salário base de 2,06%. O poder excutivo anunciou que vai adiantar o próximo salário dos educadores.
Protesto contra shows
A festa junina JuaForró, tradicional na cidade de Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará, tem gerado polêmica no município cearense. Os festejos, que começam nesta terça-feira (18), estão estimados em R$ 621 mil e contam com atrações como Elba Ramalho e a banda de forró Aviões do Forró. Os gastos foram anunciados uma semana depois de a Câmara de Vereadores aprovar uma redução na gratificação dos professores alegando enxugamento dos custos do município. Os educadores estão em greve desde o dia 12.
“Achamos tudo isso o maior absurdo e a gente já expressou isso. Tudo bem que é outra verba [da secretaria de Cultura, mas como é que você deixa a educação nessa situação e tem tudo para gastar com uma festa como o JuaForró?”, questiona a representante sindical e professora Masé dos Santos. Os professores afirmam ter realizado manifestações contra os gastos com a festa nos anos anteriores, mas sem que houvesse qualquer retorno.
Do G1 CE
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