O governador do Ceará, Cid Gomes, falou pela primeira vez nesta quarta-feira (19) sobre os protestos que ocorrem no Ceará, motivados principalmente pelos gastos considerados excessivos pelos manifestantes com a Copa do Mundo.
Questionado sobre os atos de violência da Polícia Militar contra as pessoas que protestavam
no entorno do Castelão, durante jogo de Brasil e México pela Copa das Confederações, o governador afirmou que orientação era usar o “mínimo de recurso” possível.
“A orientação era para que utilizassem o mínimo de balas de borracha. Se houve algum (tiro de bala de borracha), é porque também houve excesso de alguma minoria, porque eu vi imagem, a grande maioria estava a 200 metros da polícia e alguns tentavam efetivamente enfrentar a polícia”, afirma Cid Gomes.
Os manifestantes entrevistados pelo G1 afirmam que os confrontos foram iniciados após ação da polícia, que dispararam bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha.
Não há número oficial de feridos, mas há dezenas de relatos de pessoas feridas durante a manifestação. Uma professora de Mato Grosso do Sul entrevistada pelo G1 disse que tem pelo menos três marcas de tiro de borracha pelo corpo. Outro jornalista cearense foi atingido no olho.
Gastos com a Copa
Cidade defende que o Castelão é o estádio que teve o menor custo entre as 12 arenas que sediarão jogos da Copa do Mundo em 2014, em porporção ao número de assentos de cada estádio. Ainda segundo Cid Gomes, a maior parte da população cearense defende a realização da Copa no estado, segundo pesquisas. A reforma do estádio Castelão custou R$ 527 milhões.
“É respeitável que algumas pessoas defendem que em vez de estádio se invista em outra coisa, isso é legítimo. Agora tem uma grande quantidade de pessoas que acha importante a realização da Copa do Mundo, e nós temos um compromisso”, afirmou.
Do G1 CE
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