Os confrontos entre manifestantes e a polícia em várias cidades da Turquia acabaram com mais de 500 pessoas detidas na madrugada desta segunda (17), enquanto vários sindicatos turcos preparam para hoje um dia de greves com o intuito de denunciar a violência policial contra os manifestantes opositores ao premiê Recep Tayyip Erdogan.
Em Istambul, Ancara e várias outras cidades do país os manifestantes enfrentaram as forças de segurança até altas horas da madrugada, informa a imprensa local.
Segundo o Colégio de Advogados de Istambul, só na cidade cerca de 390 pessoas foram detidas, enquanto na capital a polícia deteve outras 150 pessoas, assegura a versão eletrônica do jornal "Hürriyet".
De acordo com o portal de notícias opositor "Sendika", policiais vestidos à paisana participaram da repressão em Ancara, utilizando gás lacrimogêneo e canhões de água, e deixando pelo menos oito pessoas feridas.
Os manifestantes no centro da capital turca gritaram palavras de ordem como "Revolta, Revolução, Liberdade" e "Ditador Renuncie já".
Em Istambul, os detidos, entre os quais estão um cidadão britânico e vários jornalistas turcos, foram levados para a Praça Taksim e trancados em um ônibus da polícia, assegura o "Hürriyet".
A organização de direitos humanos Anistia Internacional pediu que o governo turco ponha fim à falta de comunicação com os detidos e lhes permita ligar para seus advogados.
Em outras cidades do país também houve violentos confrontos como em Adana, no sul da Turquia, onde dezenas de pessoas ficaram feridas e pelo menos duas foram detidas, segundo o "Sendika".
Nesta segunda, os principais sindicatos do país, como o de funcionários públicos KESK e o conselho de médicos e a união de engenheiros, preparam um dia de greves, que paralisarão parte da vida pública do país.
Da EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário