O número de médicos em atividade no Ceará chegou a 9.953 em outubro de 2012, segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Com uma população de 8.606.005 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número representa 1,16 médicos por
grupo de mil habitantes.
O estudo mostra que o Distrito Federal (DF), com 2.648.532 habitantes e 10.826 médicos registrados é a unidade da federação onde existe o maior número destes profissionais por habitante, relação de 4,09 médicos por mil habitantes. Na outra ponta, o estado do Maranhão aparece com o menor índice do país. Com 4.750 médicos e 6.714.314 habitantes, o Maranhão possui apenas 0,71 médicos para cada grupo de mil habitantes. No Brasil, esta relação está em 2,00 e, no Nordeste, é de 1,23.
Considerando apenas as capitais, o estudo mostra que Fortaleza ocupa a 18ª posição no ranking das 27 capitais brasileiras, com 3,16 médicos para cada mil habitantes. Em primeiro lugar está Vitória (ES), com 11,61 médicos por 1.000 habitantes, enquanto em Macapá (AM) esse percentual é de apenas 1,38.
Entre 1970, quando havia 58.994 profissionais, e o último trimestre de 2012, o número de médicos, no Brasil, segundo o estudo, aumentos 557,72%. O percentual é quase seis vezes maior que o do crescimento da população que, em cinco décadas, aumentou 101,84%, segundo o IBGE.
O Brasil nunca teve tantos médicos em atividade, devido a uma combinação de fatores: mantém-se forte a taxa de crescimento do número de profissionais mais rápido que o da população, houve abertura de muitos cursos de medicina, aumento de novos registros (mais de 4% ao ano), mais entradas que saídas de profissionais do mercado de trabalho, perfil jovem da categoria (baixa média de idade), além de maior longevidade profissional (alta média de anos trabalhados).
O aumento do efetivo de profissionais tem se mantido entre 4% e 5% por ano, segundo o presidente do CFM, Roberto D'Avilla. Apesar do crescimento, ele diz que é preciso reduzir essa diferença de concentração entre as regiões. "O número de médicos e faculdades de medicina é suficiente. O que precisamos é levar jovens estudantes para regiões que têm mais necessidade".
Verônica PradoDo G1 CE
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