Os funcionários dos Correios no Ceará, em greve há 22 dias, decidiram manter a paralisação em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (5), na agência central da empresa, em Fortaleza. De acordo com o coordenador de finanças dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos, Veridiano Matos, a proposta da empresa de conceder reajuste de 6,87% não foi aceita e a greve continua por tempo indeterminado.
Os Correios no Ceará informam, por meio da assessoria de imprensa, que a proposta da empresa para os funcionários é de reajuste de 6,87% mais aumento real de R$ 80, além de outros benefícios. Segundo a empresa, reajuste para vale-refeição é de R$ 23 para R$ 25, vale-cesta de R$ 130 para R$ 140, vale extra de R$ 529 para R$ 575 e o auxílio para funcionários com filhos portadores de necessidades especiais passaria de R$ 571,74 para R$ 611,02.
A proposta dos trabalhadores é que a empresa forneça R$ 100,00 de aumento real, além de 7,16% de reajuste e vale alimentação de R$ 28. O piso da categoria atualmente é de R$ 807, segundo a coordenadora do sindicato, Maria de Lourdes Félix.
Veridiano Matos afirma que 70% dos funcionários da empresa no Ceará aderiram à paralisação, o que já representa a maior adesão do país. Ele explica ainda que a greve foi considera legal e que a empresa não pode descontar os dias de paralisação dos trabalhadores. "Eles não arredam o pé. Todas as assembleias que foram realizadas hoje rejeitaram a proposta", afirma. Matos informa que em pelo menos 17 estados a greve continua.
Em nota, os grevistas informaram que sobre os dias parados, ficou acordado que os Correios vão devolver em folha suplementar, até segunda-feira, 10/10, o desconto já efetuado na folha de pagamento dos primeiros seis dias de paralisação. O desconto nos contracheques será feito em 12 parcelas mensais (meio dia de trabalho por mês). Os 15 dias restantes serão compensados com trabalho aos sábados e domingos. Caso 50% mais um dos 35 sindicatos rejeitem a tentativa de acordo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) essa proposta fica invalidada.
Concurso
O coordenador financeiro do sindicato afirma ainda que é necessário fazer concurso em todo o Brasil e que o concurso para nove mil vagas não atendeu as demandas. Para o Brasil inteiro, afirma, seriam necessários 30 mil novos funcionários. Já no Ceará, de acordo com Matos, foi feito concurso para 129 vagas, mas seriam necessárias 500 vagas.
O coordenador financeiro do sindicato afirma ainda que é necessário fazer concurso em todo o Brasil e que o concurso para nove mil vagas não atendeu as demandas. Para o Brasil inteiro, afirma, seriam necessários 30 mil novos funcionários. Já no Ceará, de acordo com Matos, foi feito concurso para 129 vagas, mas seriam necessárias 500 vagas.
Do G1 CE
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