quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Testes com medicamentos contra o coronavírus têm resultado positivo

Imagem divulgada pela agência britânica de proteção à saúde mostra o coronavírus visto ao microscópio (Foto: AFP)

Pesquisadores americanos e europeus realizaram testes em macacos infectados com o coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio) e descobriram que o tratamento com dois medicamentos combinados reduziu a replicação viral e danos pulmonares causados pela infecção.
O estudo com os resultados foi publicado nesta semana na revista "Nature Medicine".

Os cientistas apontam que uma combinação da ribavirina e do interferon alfa 2b, medicamentos normalmente utilizados para tratar a hepatite C, pode funcionar em tratamentos contra o coronavírus.
A pesquisa incluiu especialistas da Universidade de Washington, em Seattle, e do Instituto Nacional para a Alergia e Doenças Infecciosas, ambos nos EUA. Além deles, pesquisadores da Universidade Pierre e Marie Curie, na França, participaram do estudo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) havia anunciado, em agosto, que ao menos 102 pessoas foram infectadas com o coronavírus em 2012, sendo que quase a metade destes pacientes morreu.
Identificado pela primeira vez na Arábia Saudita, no ano passado, o vírus já causou 45 mortes no país, de acordo com a Reuters. A infecção costuma causar tosse, febre e pneumonia, diz a agência.
"Como os dois medicamentos estão facilmente disponíveis, eles poderiam ser utilizados para tratar pacientes infectados com o coronavírus", afirmou a pesquisadora Angela Rasmussen, uma das autoras do estudo, em entrevista ao site da Universidade de Washington.
Atualmente não há tratamento efetivo contra a infecção, dizem os cientistas. Ao invés de atingir diretamente o vírus, como a maioria dos antivirais, o que os remédios fazem é "ajustar" a resposta imunológica do organismo e auxiliar no reparo de tecido pulmonar danificado.
A pesquisadora aponta que novos estudos precisam ser realizados e que outros medicamentos com a capacidade de "modular" a resposta do organismo à infecção viral podem ser efetivos contra o coronavírus.
Do G1, em São Paulo

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