O presidente americano, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (6) que o uso de armas químicas - pelo regime de Bashar Al-Assad, em sua opinião - é uma ameaça à segurança não só dos EUA, mas de todo o mundo. "É unânime de que armas químicas foram usadas na Síria e é unânime que elas não devem ser usadas. A maioria do mundo é confortável com a
nossa conclusão de que o governo de Assad foi responsável pelo uso."
nossa conclusão de que o governo de Assad foi responsável pelo uso."
"Não estou usando isso [armas químicas] como uma desculpa para o uso militar. Passei meus últimos anos tentando reduzir o uso do poder militar. Mas sei também que há momentos em que temos que decidir se vamos nos levantar pelo que nos preocupamos. [...] Podemos não resolver todos os problemas, mas esse específico, das armas químicas, podemos resolver, é importante para a gente", disse Obama em uma entrevista coletiva em São Petersburgo, onde está na reunião do grupo G20.
Obama voltou a dizer que a ação na Síria seria limitada para atingir o problema das armas químicas e deixar "todos nós a salvo". Quando perguntado sobre qual seria a reação se Assad voltasse a usar armas químicas, ele disse que não seria "esperto" da parte dele e que neste caso seria importante uma maior mobilização internacional.
Sobre a questão da oposição interna ao ataque, o presidente disse que esperava isso. "É difícil, não tinha ilusões quando embarquei [no tema]. Mas acho que é bom para a democracia, seremos mais efetivos se estivermos unidos."
Obama disse ainda que dará um discurso sobre a Síria para os americanos na próxima terça-feira.
A Casa Branca confirmou que Obama encontrou o líder russo Vladimir Putin privadamente para tratar da Síria. Putin disse a jornalistas que conversou com Obama por 20 a 30 minutos e que, embora eles discordem, o encontro foi produtivo.
O presidente russo mantém um apoio inflexível ao regime de Bashar al-Assad e rejeita qualquer ideia de uma intervenção militar contra Damasco, que Barack Obama deseja levar adiante em reação ao ataque com armas químicas de 21 de agosto, pelo qual acusa o regime sírio.
Do G1, em São Paulo
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