O estudante Rafael Barreto Delgado, de 18 anos, afirma ter sido espancado nesta sexta-feira (1º), mesmo caído no chão, por seguranças de uma boate da região dos Jardins. Ele foi levado para o hospital com uma fratura no rosto. A polícia deve ouvir, nos próximos dias, o depoimento do jovem.
Os pais de Rafael estão sentindo uma mistura de alívio e revolta ao saberem que o filho já
pode deixar o hospital. "Graças a Deus meu filho está vivo", diz a mãe Roberta Barreto.
O estudante, de 18 anos, foi levado para o Hospital Albert Einstein, segundo a família, com o nariz quebrado e machucados por todo o corpo. Ele ficou um dia internado e passou por uma cirurgia depois de ser espancado em frente à uma boate, na esquina das ruas Augusta com Estados Unidos.
Por volta das 4h desta sexta, Rafael conta que chegou a pé com dois amigos à boate. Um dos rapazes mexeu com uma garota, mas ela não gostou e chamou o namorado que, segundo os jovens, se apresentou como promoter da boate.
Rafael e os amigos fugiram correndo, mas o promoter e um grupo de seguranças foram atrás, segundo o relato da vítima. Ao atravessar a rua, Rafael tropeçou e foi alcançado pelo grupo. De acordo com o boletim de ocorrência, os amigos do estudante de produção musical contaram que ele foi cercado pelos seguranças e, ainda no chão, levou chutes na barriga e foi agredido na cabeça com bastões e pedaços de madeira.
Rafael foi socorrido por uma amiga que o viu caído no chão. Ela colocou o rapaz no carro e seguiu para o hospital. Enquanto isso, os amigos foram até a delegacia, que fica no mesmo quarteirão.
Um posto de combustível em frente à boate tem câmeras de segurança que podem ajudar a esclarecer o caso. O pai de Rafael diz que o que aconteceu com o filho foi uma covardia. "A gente se sente inseguro, impotente e indignado. Como é que ele vai sair de novo de casa e como eu vou me sentir?", pergunta Luís Antônio Delgado.
A produção do SPTV não conseguiu localizar, neste sábado (2), os responsáveis pela boate.
Do G1 São Paulo
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