O tufão mais forte a atingir as Filipinas este ano devastou o sul da ilha na terça-feira, matando ao menos quatro pessoas, destruindo casas, cortando a eletricidade e forçando o cancelamento de voos e serviços de balsa, informaram as autoridades. Cerca de 20 pessoas estão desaparecidas.
O tufão Bopha, com rajadas de vento de até 195 km/h, atingiu o continente perto do
amanhecer, arrancando árvores e tetos, e derrubando as linhas de energia e comunicação. Bopha estava a caminho dos grandes destinos turísticos na região central das Filipinas.
"Lá se vai a minha casa", disse a repórteres o pescador Landring Ceballos, da província de Davao Oriental, enquanto assistia aterrorizado aos ventos erguendo sua casa improvisada e depois lançando-a no mar.
O diretor-executivo da agência nacional de desastres, Benito Ramos, disse que quatro mortes foram confirmadas. Cerca de 20 pessoas, incluindo seis soldados, foram dadas como desaparecidas quando a água inundou uma base do Exército, informou um p orta-voz militar, dizendo ainda que helicópteros de resgate não conseguiam decolar.
Cerca de 20 tufões atingem as Filipinas todo ano, que normalmente causam mortes e destruição. O tufão Washi matou 1.500 pessoas em Mindanao, em 2011.
"Nós sofremos o suficiente", disse Felicitas Cabusao, segurando um terço junto com sua filha de 12 anos.
Cabusao disse que a filha sobreviveu à fúria do tufão Washi em dezembro de 2011, depois de ter sido levada pelo mar quando inundações devastaram vilarejos costeiros inteiros na cidade de Cagayan de Oro.
Dezenas de voos domésticos e serviços de balsa nas regiões central e sul das Filipinas foram suspensos, escolas e alguns negócios ficaram fechados, enquanto a polícia e os bombeiros dispararam sirenes, alertando a população para se mudarem para áreas mais altas.
Ceballos e quase 40.000 moradores em regiões costeiras nas províncias do extremo leste de Mindanao foram retiradas para lugares mais seguros, oito horas antes da chegada do Bopha.
/ Manuel Mogato Em Manila
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