Um estudo publicado neste domingo (2) pela revista científica “Nature Medicine” mostra que dois tipos comuns de quimioterapia podem, na verdade, acelerar o crescimento dos tumores, em vez de apenas combater o câncer.
A fluorouracila é usada para tratar a maior parte dos cânceres em metástase no aparelho
digestivo. Já a gemcitabina é aplicada normalmente no tratamento do câncer de pâncreas, mas também em alguns casos de câncer de mama. Em geral, os tratamentos são considerados eficazes.
No entanto, a equipe de François Ghiringhelli, do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica, descobriu um mecanismo que faz com que esses medicamentos, ao mesmo tempo em que combatem os tumores, também alimentem o câncer.
A quimioterapia ativa um complexo de proteínas chamado NLRP3, que funciona como uma espécie de sensor de perigo do corpo humano. Isso desencadeia um processo que faz com que o próprio sistema de defesa do organismo produza uma substância que aumenta os tumores.
Segundo os autores, uma alternativa possível seria, de alguma forma, limitar a ação do sistema imunológico enquanto o tratamento é feito, como uma forma de aumentar o potencial de sucesso da quimioterapia.
Do G1, em São Paulo
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