quarta-feira, 7 de novembro de 2012

‘Não quis ofender’, diz homem que fotografou seminu em igreja

Fotos foram divulgadas nas redes sociais (Foto: Reprodução / TV Tem)

O fotógrafo Márcio Costa, cujas fotos de modelos em roupas íntimas dentro da Igreja Matriz da cidade revoltaram a comunidade católica de Catanduva (SP), se defendeu das críticas sobre seu trabalho. “Não quis ofender a igreja, muito pelo contrário, sou fiel a Deus. A distorção veio pelo acaso. Não imaginava essa repercussão”, disse.
Ele se surpreendeu com o posicionamento negativo e defende o potencial artístico das fotos.
“A pessoa não está sabendo entender o ponto artístico e cultural da foto. Ainda não fui chamado pela Diocese para conversar, estou aberto para conversar, para pedir minhas desculpas, porque eu não quis ofendê-los nem denegrir a imagem da igreja”, disse Costa.
Sobre as fotos, ele alega ter tirado em junho do ano passado para uma exposição na cidade. “Estou coletando material para minha próxima exposição, a “Anjos Caídos”. Me baseei no trabalho de um fotógrafo chamado David Lachapelle, que usa várias celebridades com imagens católicas e com o cenário de igreja. Como nossa igreja é linda, tive a ideia de usá-la pela beleza. A exposição inclui vários pontos turísticos da cidade”, comenta Costa.
A Diocese, no entanto, vai à Justiça para pedir que elas sejam censuradas. A Diocese quer saber como fotógrafo e modelos entraram no local e vai levar o caso à Justiça. Algumas fotos também usaram cemitérios da cidade como locação.
"As fotos ficaram no meu Facebook há muito tempo, desde o meio do ano passado. As pessoas estão distorcendo o fato agora. Não pensei em malícia, nem em prejudicar a igreja, não foi minha intenção. Quando fui tirar a foto, não tinha ninguém lá para pedir autorização", disse Costa.
Flávio Thomé, advogado da Diocese, diz que o principal erro do autor das imagens foi não pedir autorização para entrar e realizar as fotos dentro de um ambiente que, apesar de aberto a toda a população, continua sendo propriedade privada. "Inúmeras pessoas ligaram na paróquia para avisar das fotos. A Diocese ficou surpresa e com uma vontade muito grande de censurar. Os padres se mostraram muito sentidos. A igreja é um símbolo sagrado e é crime praticar tal ato, pode-se gerar ação de danos morais e ação penal tanto para o fotógrafo quanto para os modelos", comenta Thomé.
O padre responsável pela Paróquia não quis falar sobre o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Catanduva, o fotógrafo é funcionário do local, mas o trabalho foi realizado pelo estúdio particular dele, não tem nenhuma ligação com o órgão e, por isso, não irá se posicionar sobre o assunto.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba


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