“Ele ia me torturar até a morte”, afirmou a cabeleireira de 27 anos que pulou desesperada da garupa de uma moto para não ser atingida pelos tiros disparados pelo próprio marido, um motociclista de 35 anos. As imagens do circuito de segurança de uma loja, divulgadas com exclusividade pelo G1, flagraram essa tentativa de homicídio que aconteceu,
à luz do dia, na Avenida Alzira Santana, uma das mais movimentadas da cidade de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
A cabeleireira, que não quis se identificar, afirmou que foi obrigada a subir na moto, sob a ameaça de uma arma de fogo e de outra arma de choque elétrico. “Ele dizia que queria conversar”, comentou a mulher chorando ao lembrar do medo que sentiu. Os dois seguiam de moto na avenida até que a cabeleireira decidiu pular da garupa, largando capacete no chão, e fugiu para dentro de uma empresa de revenda carro. “Era agora, ou nunca. Seja o que Deus quiser”, declarou ao lembrar da fuga, no último dia 30 de março deste ano.
As imagens mostram o motociclista parando a moto e disparando vários tiros contra a esposa. Ela correu desesperada para dentro da loja de carro e ele a perseguiu atirando. Por sorte, em um carro que seguia logo atrás da moto, estavam dois policiais civis que, ao assistirem a cena, decidiram sair correndo atrás do motociclista. O suspeito chegou a atirar inclusive contra um policial, que foi obrigado a se jogar no chão para não ser atingido.
Em seguida, conforme as imagens, o suspeito entra na loja, joga a arma para cima e é preso por tentativa de homicídio pelos policiais no local. “Eles são os meus anjos da guarda”, declarou em entrevista à TV Centro América. Ela também emendou: “Deus e eles salvaram a minha vida”. A cabeleireira, os policias e nem o suspeito ficaram feridos na confusão no centro de Várzea Grande.
A mulher também lembrou de outra violência que sofreu na cidade de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, conforme boletim de ocorrência registrado na semana passada. Ela disse que foi amarrada dentro de um caminhão durante uma viagem. A cabeleireira disse que o suspeito cortou um pedaço do cabelo dela com uma faca, além disso a amarrou e a torturou furando suas pernas com golpes de facas.
Apesar de toda a violência sofrida, a cabeleireira afirmou que não teve nenhum sentimento de maldade contra o ex-marido. “Não sinto raiva ou ódio. Eu não sinto nada”, declarou. Ela disse, porém, que teme pela própria vida quando o suspeito deixar a prisão. O dia que ele colocar os pés aqui fora, eu sei que ele vai me procurar”, teme. Ela afirmou que espera que ele seja condenado. “Eu só quero que seja feita Justiça”, concluiu.
Fonte:Ericksen VitalDo G1 MT
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