sexta-feira, 27 de abril de 2012

Torcidas organizadas cearenses firmam acordo pelo fim da violência


As torcidas organizadas firmaram acordo nesta quinta-feira (26) para evitar violência durantes os jogos do campeonato cearense de futebol. A partir de um cadastro dos torcedores, será possível reconhecer e punir quem agir com qualquer tipo de violência,
como ocorreu nos últimos jogos em que guardas municipais foram agredidos e terminais de ônibus foram alvo de vandalismo.
Em caso de descumprimento das cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta, a torcida organizada estará sujeita a pagar uma multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil ao fundo de defesa dos direitos difusos do estado doCeará.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado na tarde desta quinta-feira por todos os representantes das maiores torcidas organizadas do estado. “Com a celebração do termo de ajustamento de conduta, a gente vai ter como apurar se aquela violência que, muitas vezes, é apontada como da torcida organizada realmente é ou não patrocinada pelos membros da organização”, explicou o procurador José Wilson Sales Júnior.
O cadastro deve ser feito por meio eletrônico e conter nome completo do torcedor, naturalidade, filiação, número de identidade e CPF, estado civil, profissão, escolaridade, endereço residencial e comercial, fotografia, além da assinatura.
Torcidas
Com a assinatura do TAC, as torcidas organizadas têm, a partir desta quinta-feira (26), 90 dias para apresentar CNPJ e alvará de funcionamento, e 150 para apresentar os torcedores associados. As torcidas, rivais, mostraram-se dispostas a colaborar. “(A violência) dá prejuízo. Tira o público do estádio, afasta as famílias do estádio”, afirmou Eliézio Afonso, presidente da TUF, torcida organizada do Fortaleza Esporte Clube.
Já o presidente da Cearamor, do Ceará Sporting Club, Jeissivan Santos, defende que o termo vai servir para evitar problemas na arquibancada. “O torcedor que fizer uma violência na arquibancada ou no raio de 5 km, ele será punido”, disse.
O delegado Wilder Brito defende que o controle feito pelo cadastro vai tirar a ideia de que só as torcidas organizadas cometem atos de violência durante os jogos. “Às vezes, pessoas se infiltram em torcidas para dizer que são de torcidas quando, na verdade não são, e cometem esses atos violentos”. Para o comandante do Policiamento da Capital, Giovani Pinheiro, quanto mais organizadas as torcidas estiverem, haverá menos problemas.
Fonte:G1 CE, com informações da TV Verdes Mares


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