Na reconstrução da imagem da cantora Sandy, o episódio de “As Brasileiras” exibido na Globo na noite de quinta-feira completa, com louvor, um ciclo iniciado com a sua transformação em garota-propaganda de uma marca de cerveja chamada Devassa, uma declaração ambígua sobre “sexo anal” à revista “Playboy” e
interesse público pelas violentas lutas de MMA.
“Minha mãe colando velcro”, exclama Gabriela, a personagem vivida por Sandy no episódio “A Reacionária do Pantanal”. “A mamãe mãe se esfregando com outra mulher? Fazendo briga de aranha? Minha mãe coçando o saco? Minha mãe fanchona? Não é mais minha mãe!”
E ainda perguntou: “Por que uma pessoa normal decide virar lésbica depois de 35 anos?”
O episódio, como quase todos os outros da série “As Brasileiras”, foi de quinta categoria. Abusou das piadas de mau gosto e duplo sentido, com uma narração primária, destinada a cegos.
Mas serviu para que Sandy completasse um ciclo, de “devassa” a “reacionária”. É uma atriz promissora, pode-se dizer.
Fonte:Mauricio Stycer
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