quarta-feira, 28 de março de 2012

Lei 'antibaixaria' limita músicas maliciosas na Bahia


Músicas com temas maliciosos podem ficar mais raras nas festas da Bahia. Um projeto, conhecido como "lei antibaixaria", foi aprovado na noite desta terça-feira (27) em votação na Assembleia Legislativa.
O projeto, de autoria da deputada Luiza Maia (PT), proíbe o poder público de contratar
artistas cujas músicas "desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento".
A votação, que já tinha sido adiada por várias vezes, começou às 14h e terminou por volta das 20h. Dos 52 deputados presentes, nove votaram contra o projeto.
Os parlamentares votaram também duas emendas.
Inicialmente, o projeto atingia artistas cujas letras e coreografias poderiam ofender as mulheres. Após discussão, os parlamentares optaram por retirar a parte que falava sobre as coreografias --a justificativa é que seria difícil fiscalizar esse tipo de ação.
Outra emenda, que estendia o veto aos grupos "que fazem apologia a drogas ilícitas e incentivam a homofobia", também foi aprovada.
POLÊMICA
O projeto da "lei antibaixaria" causa polêmica no meio musical por representar uma ofensiva contra letras de ritmos como o "pagode baiano", gênero popular entre as classes mais pobres.
A deputada Luiza Maia se defende. "São letras que estão sempre rebaixando a mulher." Ela cita alguns trechos que se aplicam ao projeto, como o que diz "eu não gosto das gatinhas, eu só gosto das cachorras" e tem o refrão "late que eu tô (sic) passando".
"É mais pornografia que dança. É uma coisa que dá nojo. Esse tipo de música estava só crescendo, a gente precisava desse freio", afirma.
Agora, o projeto deve seguir para sanção do governador Jaques Wagner (PT).
Segundo Maia, em setembro do ano passado ele assinou um abaixo-assinado em que declarava apoio à proposta.

Fonte:Folha.com


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