quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dilma classifica de 'lamentável' racismo contra Tinga na Libertadores

Mensagem publicada pela presidente Dilma no Twitter sobre os atos de racismo contra o meio-campo do Cruzeiro (Foto: Reprodução)

A presidente Dilma Rousseff classificou nesta quinta-feira (13), em mensagens publicadas em seu perfil no microblog Twitter, de “lamentável” o fato de torcedores do Real Garcilaso, do Peru,  terem reproduzido sons de macacos no momento em que o jogador brasileiro Tinga, do Cruzeiro, tocava na bola, durante partida entre as duas equipes pela Taça Libertadores da América. Campeão da última edição do Campeonato Brasileiro, o time de Minas Gerais estreou nesta quarta (12) na competição continental na cidade peruana de Huancayo.

“Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem [quarta], no Peru. (...) Ao sair do jogo, Tinga disse q trocaria seus títulos por um mundo c/ igualdade entre as raças”, publicou a presidente na rede social.
egundo a presidente da República, o Brasil, atualmente, está “fechado” com o jogador do Cruzeiro. “Acertei com a ONU e a FIFA, que a nossa #CopaDasCopas também será a #CopaContraORacismo”, publicou Dilma.
A presidente também usou sua conta no microblog para afirmar que o esporte não deve ser, “jamais”, palco para o preconceito.
Situações como a que ocorreu com Tinga já ocorreram também com outros jogadores negros que atuam na Europa. Em 2011, o ex-lateral-esquerdo da Seleção Roberto Carlos foi vítima de atos de racismo na Rússia, na época em que atuava pelo Anzhi. Na ocasião, torcedores do Krylya Sovetov atiraram bananas dentro do campo para hostilizar o jogador brasileiro.
Racismo na Libertadores
Aos 21 minutos do segundo tempo, o veterano volante Tinga, de 36 anos, entrou em campo em substituição a Ricardo Goulart. A partir deste momento, em todas as vezes que Tinga tocava na bola, a torcida adversária imitava um macaco.

Ao final da partida, o jogador do Cruzeiro, que é negro, lamentou o episódio. "Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes", disse.
Filipe Matoso e Juliana BragaDo G1, em Brasília

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