quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ceará realiza o primeiro transplante de medula óssea com doador


Médicos Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemoce), realizaram nesta terça-feira (11) o primeiro transplante de medula alogênico do Ceará. O transplante alogênico é aquele em que o paciente recebe medula óssea de um doador, que pode ser parente ou não do paciente. Com duração de 30 minutos, o transplante foi realizado em um paciente e 29 anos de Tabuleiro do Norte, diagnosticado com leucemia aguda grave.

O transplante de medula é um tratamento que pode beneficiar pacientes com doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, erros inatos de metabolismo, mieloma múltiplo e doenças autoimunes. O procedimento consiste em substituir uma medula óssea deficiente por células normais de medula óssea, com a finalidade de reconstituir uma medula saudável.
Seis pacientes aguardam doação de medula compatível. Cerca de 25% dos pacientes têm a chance de encontrar um doador compatível entre irmãos. Caso não seja encontrado entre familiares, procura-se no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A chance de encontrar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil pessoas.
De acordo com Fernando Barroso, médico hematologista e chefe da equipe de transplante de medula do Hemoce, “o transplante é resultado de 14 anos de luta”. Desde setembro de 2008 o Hemoce, em parceria com o Hospital Universitário, realizam transplantes de medula autólogo, onde o paciente recebe suas próprias células sadias. Ao todo, 128 procedimentos foram realizados até agora.
O transplante de medula alogênico no Ceará foi autorizado em outubro de 2013, pelo Ministério da Saúde. Com a realização desse tipo de transplante, não haverá mais a necessidade de encaminhar pacientes para fazer o tranplante em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Como ser doador
O Hemoce é responsável pelo cadastro dos doadores de medula óssea desde o ano 2000.  A Hemorrede Estadual possui mais de 119 mil pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).  A compatibilidade entre o doador e o receptor é definida por um conjunto de genes, que devem ser iguais, isso significa que quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de encontrar um doador compatível.

Para se cadastrar como doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos, estar bem de saúde, não ter tido câncer, não ter comportamento de risco para DSTs e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço.
Do G1 CE

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