O Comitê Olímpico Internacional (COI) defendeu nesta terça-feira (18) a expulsão na véspera de uma ativista pró-homossexual italiana de Sochi, justificando que o parque olímpico não é lugar para manifestações.
Vladimir Luxuria, uma ex-deputada italiana, foi presa pela polícia russa na noite de domingo (16) e expulsa do parque olímpico na noite de segunda-feira (17). Segundo informou a imprensa, Luxuria, vestida com as cores da bandeira do arco-íris do movimento gay, tentou mostrar um cartaz com a mensagem 'It's OK to be Gay' ('Não há problema em ser gay') e depois tentou gritar slogans a favor dos direitos dos homossexuais durante uma partida de hockey.
A ativista foi expulsa pela polícia das instalações olímpicas, embora aparentemente não tenha sido detida formalmente.
'O que ocorreu ontem (segunda-feira) não está totalmente claro. Disseram-me que estava no parque, caminhando, falando com os espectadores', declarou o porta-voz do COI, Mark Adams, em sua coletiva de imprensa diária.
'Algumas pessoas estavam a favor, outras contra, outras muito contra', comentou. 'Acredito que foi escoltada dali, pacificamente, e não foi detida', acrescentou.
Adams justificou a medida: 'O Parque Olímpico, as ruas olímpicas não são lugar para manifestações, estejamos ou não de acordo' com as reivindicações. Associações e governos de todo o mundo criticaram uma polêmica lei aprovada pelo governo russo em 2013 que pune toda propaganda pró-gay ante menores.
Segundo um comunicado publicado em seu site, Luxuria está prestes a abandonar a Rússia, onde foi declarada 'persona non grata', embora as autoridades russas não tenham confirmado sua expulsão.
Da AFP
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