A greve que paralisou, nesta quarta-feira (3), cinco linhas de trens e afetou cerca de 2,7 milhões de usuários na região de Buenos Aires, na Argentina, gerando incidentes em uma estação da capital, terminou com 18 pessoas detidas.
Diante da estação Constitución, uma das mais movimentadas de Buenos Aires e por onde
passam várias linhas de ônibus, milhares de pessoas formaram longas filas para voltar para a casa no final do dia.
Grupos de jovens atiraram pedras contra a fachada da Constitución, quebrando vidraças e ameaçando várias lojas. Diante da chegada da polícia, os agressores se dispersaram pelas ruas em torno da estação, mostrou a TV argentina.
"Isto foi uma greve selvagem, inesperada, e repudiamos tudo o que ocorreu nos serviços ferroviários", disse Florencio Randazzo, ministro do Interior e Transporte em entrevista coletiva. "Observamos grupos organizados de delinquentes que provocaram a destruição", destacou Randazzo, precisando que 18 pessoas foram detidas, incluindo três menores.
O ministro responsabilizou o sindicato ferroviário La Fraternidad, que convocou a greve, e informou que o governo apresentará uma denúncia penal contra o organismo e seu presidente, Omar Maturano.
A greve foi convocada para exigir o pagamento de parte do 13º salário. "Até que nos paguem, não suspenderemos a paralisação", advertiu o dirigente Horacio Caminos em declaração à Rádio 10.
Randazzo afirmou à imprensa que o pagamento estará disponível na manhã desta quinta-feira (4).
Para o ministro, a greve foi provocada, na verdade, pela decisão de se colocar câmeras de vídeo nas cabines dos maquinistas visando ampliar a segurança e as medidas contra o alcoolismo.
A paralisação afetou as linhas metropolitanas de Mitre, Sarmiento, San Martín, Roca e Belgrano Sur, por onde circulam diariamente 2,7 milhões de passageiros.
Da France Presse
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