sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Escola onde agressões a crianças foram filmadas será vistoriada em SP


A escola Trenzinho Feliz, onde a diretora foi filmada agredindo crianças, na Zona Sul de São Paulo, vai ser supervisionada nesta sexta-feira (7) por representantes da Diretoria Regional de Educação do Ipiranga. O objetivo é verificar se a instituição tem autorização para
funcionar, analisar o projeto pedagógico e ver como é a formação dos profissionais. Conforme a situação, a diretoria pode dar início ao processo de descredenciamento.
A diretora Conceição Tomaz da Cruz foi indiciada por maus-tratos na quinta-feira (6). Segundo o advogado Antonio Sidnei Ramos de Brito, a sua cliente está passando por estresse e pretendia se afastar da direção do estabelecimento de ensino. A polícia tem imagens feitas por professores de agressões físicas e verbais cometidas por ela.
Na quinta-feira, 15 pais prestaram depoimento e viram as imagens. As portas da escola permaneceram fechadas. Um cartaz avisava que a escola vai reabrir somente na próxima segunda-feira (10). A Trenzinho Feliz funciona no mesmo endereço há 30 anos.

Segundo Brito, a diretora já cogitava deixar a direção da escola mesmo antes das denúncias de maus-tratos. “As informações que eu colhi é que ela já vinha atravessando algum tempo com problemas de nervos, de estado emocional, talvez, talvez, se automedicando e, talvez, por essa automedicação ela tenha momentaneamente perdido o controle. O estado emocional da Conceição já era um tanto quanto delicado e a intenção dela e dos familiares já era que ela se afastasse da diretoria da escola”, disse.

Chorando, Luciana Lopes, mãe de dois alunos, disse ter conversado com o filho pequeno e prometido que não o deixaria voltar para a escola ao saber das agressões. Depois disso, a criança afirmou: “Sabe o que é, mamãe, a tia Conceição é a tia bruxa”, contou a mãe.
O filho da economista Adriana Maria de Lima Bicudo Pereira estuda há dois anos e meio na escola. Ela disse que já estava procurando uma nova escolinha para o menino. “Eu já chorei tanto que nem tenho lágrimas mais para chorar. Porque a gente trabalha para dar o melhor para o teu filho e ele apanha na escola. Então você paga para o teu filho apanhar. É isso que está acontecendo”, disse Adriana.
Do G1 São Paulo

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