Ventos fortes e águas mornas em um dos lugares mais encantadores do mundo. Assim velejadores que já descobriram Jericoacoara descrevem a praia, na cidade de Jijoca, a 284 quilômetros de Fortaleza. A antiga vila de pescadores é um dos principais destinos de praticantes de windsurfe e kitesurfe, mas em meio a sotaques de toda parte, esportista ou não, o visitante pode relaxar em paisagens paradisíacas ou cair no agito noturno da praia.
Entre julho e janeiro, época dos ventos mais fortes no Ceará, o mar de Jericoacoara fica tomado por velas, pipas e pranchas. É só passear pela praia para encontrar grandes velejadores do mundo. Depois do Circuito Mundial de Windsurfe, em outubro, a maioria dos atletas da disputa passam uma temporada obrigatória em Jeri, seja para rever a família e amigos, renovar as energias ou treinar.
“Além das condições para a prática do esporte, Jericoacoara tem um charme especial”, diz o velejador cearense Teka Lenz, um dos primeiros a descobrir esse verdadeiro “paraíso dos ventos”.
Quem conhece o mar de Jeri conta que é quase impossível ficar um dia sem conseguir velejar no local. “Os ventos são muitos estáveis durante todo o ano. Os picos de vento ficam entre 20 e 30 nós e, no segundo semestre do ano, podem chegar a 40 nós. Poucos lugares no mundo são assim”, explica Lenz, presidente da Associação Brasileira de Windsurfe.
Na alta temporada, um dos clubes de esportes aquáticos da praia, o Club Ventos, chega a receber 200 velejadores, de acordo com o gerente de marketing Nuno Martins. O local funciona há 25 anos oferecendo aulas e alugando equipamentos para a prática de windsurfe, kitesurfe, surfe e stand-up paddle (esporte praticado em uma espécie de prancha de surfe em que a pessoa rema em pé).
“A única preocupação em Jeri é não esquecer de sair da água pelo menos duas vezes durante o dia para passar protetor solar e se hidratar. Os ventos são tão bons que quem veleja fica o dia todo no mar”, conta Levi Lenz, que é cearense e começou a velejar aos seis anos de idade com o pai Teka Lenz.
Hoje, aos 24 anos, o jovem está entre os 20 melhores do mundo na categoria freestyle de windsurfe e revela sua preferência por Jericoacoara para treinar e se divertir. “Vou umas 15 vezes por ano. O legal de Jericoacoara é que você acaba reencontrando amigos do mundo todo, além de conhecer novas pessoas. Em outros lugares também bons para velejar, as pessoas geralmente ficam isoladas nas casas e não se encontram no fim do dia”, afirma.
Amor à primeira velejada
A fama de Jeri corre o mundo. O italiano Maurizio Gusella soube no Havaí, dos bons ventos e da tranquilidade da praia. Em 2000, ele chegou ao local para uma temporada de velejo decidiu voltar para ficar em 2002. “Jericoacoara é o segundo melhor lugar do mundo para velejar, atrás somente do Havaí. Em estilo de vida, é o melhor”, diz o italiano.
A fama de Jeri corre o mundo. O italiano Maurizio Gusella soube no Havaí, dos bons ventos e da tranquilidade da praia. Em 2000, ele chegou ao local para uma temporada de velejo decidiu voltar para ficar em 2002. “Jericoacoara é o segundo melhor lugar do mundo para velejar, atrás somente do Havaí. Em estilo de vida, é o melhor”, diz o italiano.
Gusella resolveu ensinar o esporte aos meninos nativos, casou com uma brasileira e é proprietário da pousada onde ficou hospedado na primeira vez que foi a Jeri. A cerca de 100 metros da praia, a Pousada do Maurício é uma das principais opções de hospedagem dos velejadores e um dos ''points'' depois que eles saem do mar. O “happy hour” na pousada mostra que Jeri não ferve somente durante o dia. A vila tem encantos e atrações para todos os gostos e todas as horas.
Ex-aluno de Gusella, Edvan Souza, 24 anos, não esquece do mar e do vento de onde nasceu e que fizeram dele um dos destaques internacionais do esportes. “Não falo só em termos de velejar, mas Jericoacoara é um local especial. Você aproveita todas as coisas da cidade durante o dia e a noite. É um lugar completo”, diz Edvan que aprendeu o esporte ainda menino.
Ex-aluno de Gusella, Edvan Souza, 24 anos, não esquece do mar e do vento de onde nasceu e que fizeram dele um dos destaques internacionais do esportes. “Não falo só em termos de velejar, mas Jericoacoara é um local especial. Você aproveita todas as coisas da cidade durante o dia e a noite. É um lugar completo”, diz Edvan que aprendeu o esporte ainda menino.
Pôr do sol
Para quem não quer velejar ou fazer programas de aventuras, Jeri oferece muitos encantos. Além das belezas naturais, há uma programação diversa. Por isso, o indicado é ficar, no mínimo, quatro dias. A caminhada pela vila pode ser a pé, com chinelo de dedo, e outros passeios podem ser feitos a cavalo ou de bugues para paisagens mais distantes.
Todos os dias, por volta das 5h30, faz parte da rotina de quem está em Jericoacoara admirar o pôr do sol da duna mais conhecida, a oeste da vila. Depois de descer da Duna do Pôr do Sol, ainda dá para tomar um banho no mar e acompanhar as rodas de capoeira que se formam na praia.
Para quem não quer velejar ou fazer programas de aventuras, Jeri oferece muitos encantos. Além das belezas naturais, há uma programação diversa. Por isso, o indicado é ficar, no mínimo, quatro dias. A caminhada pela vila pode ser a pé, com chinelo de dedo, e outros passeios podem ser feitos a cavalo ou de bugues para paisagens mais distantes.
Todos os dias, por volta das 5h30, faz parte da rotina de quem está em Jericoacoara admirar o pôr do sol da duna mais conhecida, a oeste da vila. Depois de descer da Duna do Pôr do Sol, ainda dá para tomar um banho no mar e acompanhar as rodas de capoeira que se formam na praia.
Para ir até a Pedra Furada, pode se fazer uma caminhada de 30 minutos quando a maré está baixa. A formação rochosa tem um imenso portal feito pela erosão do mar e do vento. Outra opção para chegar até a Pedra Furada é ir de charrete ou a cavalo, o aluguel custa R$ 20. Em maré alta ou mesmo na volta, um caminho alternativo é pelo Serrote com uma vista superior da pedra e da praia. Como a caminhada pode durar mais de uma hora, ida e volta, o indicado é levar água e proteção para o sol.
De bugue pelas dunas e lagoas
Todos os dias, cerca de 200 bugueiros credenciados realizam passeios para lagoas e dunas ao redor do Parque Nacional de Jericoacoara. A maioria se concentra na Rua Principal e busca cliente na pousada ou hotel. Quem tiver sorte, ainda pode conhecer esses lugares com a única bugueira mulher de Jericoacoara, a maranhense Simone Silva Sousa. Ela mora em Jeri desde 1997. “Amo dirigir e conheço todas as dunas e lagoas da região ”, garante.
Simone conta que o passeio de bugue mais procurado é o de Tatajuba e custa R$ 180 (dividido entre quatro pessoas). Saindo às 9h da manhã, o passeio dura em média seis horas. O roteiro segue a vontade dos visitantes, mas geralmente começa no Rio Camboa e pode passar por uma região de mangues preservados.
Depois de uma travessia de balsa, do Mangue Seco para o Guriú, se chega na Velha Tatajuba, vilarejo soterrado pela areia. Dona Delmira, umas das moradoras e testemunhas do fenômeno, recebe os visitantes, contando histórias e mistérios do local. De lá, o destino são as dunas do Coqueiro Solitário e do Funil, onde muitos esquiam em uma pequena prancha de madeira, e, por fim, a Lagoa Torta. Os custos com as travessias de balsa (R$ 10) não estão inclusos no valor do passeio de bugue.
Quem prefere relaxar pode aproveitar a sensação deliciosa de ficar deitado em uma rede dentro da água morna da Lagoa do Paraíso, localizada em Jijoca de Jericoacoara. Essa atração faz parte do roteiro que ainda inclui a Lagoa Azul e a Lagoa do Coração. O passeio custa R$ 150 e também pode ser dividido entre quatro pessoas.
Sabores de todo mundoNa vila, são encontradas dezenas de restaurantes. Tem do prato feito, com opções de peixe frito e de moqueca de arraia por R$ 6, até cardápio internacional em restaurantes mais refinados. Quem vai ao local não pode deixar de provar o tempero caseiro do Restaurante Dona Amélia, na Rua do Forró. Os pratos custam cerca de R$ 50 para duas pessoas.
Outra boa opção são os crepes e o açaí do Naturalmente, servidos em um ambiente agradável, de frente para praia. A proprietária Carla Arruda mora há 15 anos na vila se dividindo entre pranchas e fogões e resolveu ficar depois de passar um réveillon no local.
A torta de banana da Dona Rosa é um dos sabores irresistíveis de Jericoacoara, além de guardar uma boa história. Há 30 anos, a mulher circula de domingo a domingo pelas ruas vendendo pedaços da torta por R$ 3 cada. Com a produção desses doces, Rosa ajudou a sustentar os quatro filhos e até montou uma pousada. “Fico triste no dia em que eu não saio para vender minha torta de banana”, conta.
A receita leva ovos, açúcar, margarina, farinha de trigo, banana, canela e mel. “O segredo está na mão e na prática de 30 anos”, revela. Rosa oferece os doces em restaurantes e nas ruas das 15h às 18h.
Noite
Apesar de ter energia elétrica, a vila continua sem iluminação pública. A noite tem um céu estrelado e a lua que ilumina as ruas com ajuda das velas e luzes dos restaurantes, hotéis e casas. Se engana quem pensa que o movimento na praia se diminui com o cair do sol. Diversos locais e ritmos animam a madrugada de Jericoacora.
Na Rua Principal, banquinhas vendem bebidas e coquetéis para quem quer circular, conversar e paquerar. O Sky e o Planeta Jeri são os points mais próximos da praia. Mais para dentro da vila, na Rua da Duna, o visitante pode se divertir com reggae no Mamma África. Na Rua do Forró, a pedida é curtir o ritmo tipicamente cearense no antigo forró do Seu Raimundo, hoje batizado de Recanto do Momento.
Apesar de ter energia elétrica, a vila continua sem iluminação pública. A noite tem um céu estrelado e a lua que ilumina as ruas com ajuda das velas e luzes dos restaurantes, hotéis e casas. Se engana quem pensa que o movimento na praia se diminui com o cair do sol. Diversos locais e ritmos animam a madrugada de Jericoacora.
Na Rua Principal, banquinhas vendem bebidas e coquetéis para quem quer circular, conversar e paquerar. O Sky e o Planeta Jeri são os points mais próximos da praia. Mais para dentro da vila, na Rua da Duna, o visitante pode se divertir com reggae no Mamma África. Na Rua do Forró, a pedida é curtir o ritmo tipicamente cearense no antigo forró do Seu Raimundo, hoje batizado de Recanto do Momento.
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