A estudante Adriene Pinto admitiu, aos prantos, nesta quarta-feira que foi ela mesma quem disparou a arma no interior do carro do jogador Adriano na madrugada do dia 24. A bala feriu o dedo indicador esquerdo da jovem de 20 anos, que alegou, em depoimento à polícia no mesmo dia do incidente, que tinha sido Adriano o autor do disparo acidental. O atleta sempre negou.
O delegado Fernando Reis revelou a nova versão contada por Adriene no início da noite. "Ela chorou muito e disse estar arrependida. Adriene voltou atrás e admitiu ter pego a arma deliberadamente. Ela ficou encantada e pegou a arma", explicou Reis, que disse que ainda precisa esclarecer mais detalhes do momento que antecedeu o disparo.
"O depoimento é coerente com o dos outros envolvidos, mas não podemos descartar hipóteses. Adriano pode ter passado a arma. A versão contada por Adriene agora é a mais óbvia, mas vamos investigar", comentou Reis.
Após a conclusão da investigação, Adriene Pinto poderá ser denunciada ao Ministério Público.
Nesta quarta-feira, a polícia promoveu uma acareação com cinco das seis pessoas que estavam no veículo de Adriano no momento do incidente. Todos, menos Adriene, diziam que havia sido a jovem quem disparara a arma, que pertence ao tenente reformado Júlio Cesar Barros, amigo de Adriano e que também estava no carro.
Após a acareação, os policiais reconstituiram a cena em duas versões: na forma como teria ocorrido segundo o depoimento do atleta, que alega que estava no banco da frente do veículo e que a própria Adriene foi quem disparou a arma. A versão da estudante seria com Adriano no banco traseiro.
Quando os policiais tentaram colocar o jogador e as quatro mulheres que estavam no carro no banco traseiro, o atleta não coube no automóvel, e não foi possível fechar a porta, reforçando a versão de Adriano.
Diante das evidências, Adriene admitiu que havia mentido em seu primeiro depoimento, e voltou atrás. Segundo o delegado, a jovem mostrou-se muito arrependida por ter mentido.
Fonte: Bernardo Gentile - UOL Esporte
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