A Record vai entrar com um processo contra a Fifa na Justiça. Tudo por conta da renovação do contrato de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e de 2022 com a Globo.
A Record diz que foi informada pela Fifa em 2010, após o término da Copa do Mundo, de que haveria concorrência no Brasil pelos direitos de transmissão dos eventos em questão.
A emissora diz que estava muito interessada em participar dessa disputa, e foi surpreendida pelo anúncio da Globo, na terça-feira (28), de que havia comprado os dois mundiais.A emissora afirma que não houve no Brasil livre concorrência pelo evento, diferentemente do que ocorreu em mais de 40 países, em que vários grupos de comunicação disputaram em licitações as Copas de 2018 e 2022.
A Record pretende recorrer às entidades mundiais de defesa ao livre comércio, na Suíça, para fazer valer os seus direitos.
Confira o comunicado oficial do canal sobre o assunto.
COMUNICADO
A Rede Record vem a público manifestar absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para o Brasil com uma outra emissora sem qualquer licitação.
A Record foi informada em 2010, logo após o término da Copa do Mundo, pelo diretor de TV da Fifa, sr. Niclas Ericson, de que haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos pela Fifa em 2018 e 2022, conforme provam e-mails trocados entre executivos da Record e a Fifa. No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos.
O acordo com a concorrência foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira tenha sido consultada, A informação foi divulgada no mesmo espaço de notícias em que a Fifa anuncia a abertura de licitação dos direitos para centenas de países da Europa, como Alemanha, Itália e Portugal; da Ásia como China e India; da Oceania como Austrália, da África, além de Estados Unidos, Canadá, América Central e da própria América do Sul.
É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido “fora do horário comercial”, sem ser à luz do dia e de forma transparente.
Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora.
A Record informa que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suiça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.
Acreditamos na justiça e nas entidades mundiais de defesa do livre comércio sediadas na Suiça. Organizações que, justamente, combatem práticas de monopólio, protecionismo e corrupção.
Fonte:Outro Canal
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