A Coreia do Norte concluiu o funeral do dirigente Kim Jong-il, anunciou nesta quarta-feira (28) uma fonte do regime após a cerimônia de três horas exibida pela televisão estatal.
Kim Jong-il morreu no dia 17 de dezembro, aos 69 anos, vítima de um ataque cardíaco, segundo o governo, após 17 anos à frente do isolado país comunista.
Os meios de comunicação sul-coreanos haviam inicialmente informado que a cerimônia deveria durar dois dias.
Centenas de militares e cidadãos norte-coreanos compareceram ao funeral. No desfile realizado diante do corpo do ex-ditador, era possível ver grupos de mulheres em trajes militar chorando copiosamente.
Nos corredores do palácio, fileiras de soldados esperavam para entrar na sala onde estava Kim Jong-il. Seu corpo foi exibido durante nove dias em Kumsuman.
Além dos eventos de hoje, que também podem incluir uma cerimônia no Palácio Memorial de Kumsusan - onde foi velado até ontem o corpo do falecido líder -, estão programadas mais homenagens para quinta-feira (29), com um memorial nacional e salvas de condolências em Pyongyang e nas distintas províncias do país.
A população deverá fazer três minutos de silêncio, e todos os trens e navios farão soar suas sirenes ao mesmo tempo, segundo a agência estatal norte-coreana "KCNA".
Os analistas, no entanto, estão mais atentos ao papel de Kim Jong-un, filho mais novo e sucessor do ex-líder, que encabeça a lista de 233 membros do Comitê do Funeral de Estado.
Na última semana, se sucederam no país comunista as demonstrações de sofrimento pela morte de Kim Jong-il, com concentrações em praças e monumentos e infinidade de atos para homenageá-lo, embora os analistas apontem que sua popularidade tenha sido muito menor que a de seu pai e tenha havido suspeitas de que as imagens foram manipuladas.
Kim Il-sung, o "presidente eterno", gozava, apesar de sua política de linha dura, do prestígio de ter combatido os colonizadores japoneses e ter transformado a Coreia do Norte em um país relativamente próspero até a década de 1970.
Sob o governo de seu filho, a Coreia do Norte se transformou em um país com capacidade nuclear, mas com uma economia destroçada e crises de fome cíclicas que se refletem em dados como os do Unicef, que indicam que uma de cada cinco crianças norte-coreanas sofre de desnutrição moderada.
agências internacionais
Nenhum comentário:
Postar um comentário