Muitas pessoas tratam seus bichos de estimação como integrantes da família. Isso faz dos serviços para pets uma atraente oportunidade de negócios. Segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), o Brasil é o segundo país do
mundo em população de cães de gatos e o quarto no total de animais de estimação.As franquias começam a entrar no ramo com diferentes modelos de negócios. A novidade são os pet shops sobre rodas, como o Pet Shop Móvel, de baixo investimento, a partir de R$ 5.000, ou a Aussie Pet Mobile, que chega ao Brasil e negocia uma franquia master (unidade central da marca no país) a partir de R$ 250 mil.
Mas também há as redes que trabalham com adestramento de cães, como a Cão Cidadão e a Link Bicho, ou com o registro de animais, como a Seu Pet Com Sobrenome.
José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet, diz que há muito espaço para empreender na área. “O crescimento da nova classe média está aumentando a demanda por serviços considerados sofisticados, como adestramento e dog walker (passeador de cães), e a oferta tem crescido também”, afirma.
França diz que o mercado está passando por um amadurecimento e que as franquias devem se expandir nos próximos anos. “Negócios já consolidados devem estender seus modelos para os demais. Isso contribui para a profissionalização do setor”, declara.
Dicas para prosperar no mercado de animais de estimação
O presidente da Abinpet afirma que para ter sucesso no negócio é importante que o empreendedor tenha algum conhecimento na área. “Hoje em dia está mais difícil abrir uma pet shop na garagem, pois o mercado está mais consolidado, não tem tantas oportunidades. Por isso, vai se dar bem quem tiver experiência no segmento pet ou no varejo”, diz França.
Sidney Kalaes, do blog Professor Franquia e sócio da SMZTO Participações, empresa que reúne franquias de vários segmentos, diz que o ponto comercial também é importante para que o negócio dê certo. “Estar em uma área residencial, de preferência com muitos prédios, aumenta o número de potenciais clientes”, declara.
Segundo Kalaes, os diferenciais que a franqueadora oferece também podem contribuir para o sucesso. “Acordos com grandes atacadistas de ração e de vacinas, ter veterinário de plantão e capacitar a equipe para orientar os donos dos animais quanto aos produtos mais adequados para cada bicho são o que diferenciam as franquias de outras empresas menores”, indica.
Em 2011, o faturamento do setor foi de R$ 18,2 bilhões entre indústria de alimentação, pet care (acessórios, produtos para higiene e beleza, e equipamentos), produtos veterinários, comercialização de animais e serviços. A expectativa é que chegue a R$ 21 bilhões em 2012. O segmento de serviços representa 11% deste mercado, de acordo com a Abinpet, e a expectativa é que o crescimento em 2012 seja por volta de 6%.
Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo
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