quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Servidores do Instituto Federal de Tecnologia do Ceará continuam greve


Os professores e servidores técnico-administrativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) continuam a greve mesmo com o fim da paralisação dos docentes da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). Os servidores do instituto federal são
filiados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Segundo o Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – (Sindsifce), representantes da categoria realizam uma plenária nacional em Brasília nesta quarta-feira (22) e nesta quinta-feira (23) para elaborar uma contraproposta para o governo. O documento vai ser apresentado aos servidores do estado em uma assembleia na sexta-feira (24), às 14h, sede do IFCE, em Fortaleza.
Aulas
O ano letivo de 2012 para os alunos do IFCE mal começou. Com um calendário atrasado por conta de uma outra greve em 2011, as aulas do primeiro semestre de 2012 começaram no dia 2 de maio e foram interrompidas no dia 14 de junho, quando os professores e servidores técnico-administrativos do instituto deflagaram uma nova paralisação.

“A situação no IFCE é mais delicada porque viemos de outra greve e o calendário já estava atrasado ”, afirma o pró-reitor de ensino do instituto, Gilmar Lopes Ribeiro. O calendário de reposição das aulas do primeiro semestre que deve ter 100 dias letivos só vai ser definido com o fim da greve. “Depois do fim das aulas da primeiro semestre, devemos ter uns 15 a 20 dias de férias, no máximo, e iniciar as aulas do segundo semestre”, afirma o pró-reitor.
De acordo com Gilmar Lopes, os professores e servidores das 23 sedes do IFCE paralisaram gradualmente. Mesmo com os serviços prejudicados, as duas chamadas dos alunos aprovados pelo Sistema de Seleção Unificada foram realizadas e, até o fim do mês de agosto, está prevista a chamada de espera de 762 vagas que sobraram em todos os campi do IFCE.
Entenda a greve
O Ministério da Educação enviou no dia 9 de agosto uma nova circular para os reitores das universidades e institutos federais reiterando que as negociações com os professores em greve está encerrada e de que não há qualquer possibilidade de reabertura.

Durante todo este período, o governo apresentou duas propostas aos grevistas. A primeira, apresentada no dia 13 de julho, daria reajuste de até 45% aos professores em 3 anos e traria impacto de R$ 3,9 bi aos cofres públicos, foi rejeitada. Na época, Mercadante havia dito que não havia "margem" para um aumento maior, por causa da crise. A segunda proposta mantém o reajuste máximo de 45% em 3 anos, mas aumenta o piso do reajuste para 25%.
Pela nova proposta, o salário inicial, por exemplo, de um professor com doutorado e de dedicação exclusiva passará nos próximos 3 anos dos atuais R$ 7.627,02 para R$ 8.639,50.
Já o salário inicial dos professores iniciantes com mestrado e dedicação de 40 horas saltará de R$ 3.137,18 para R$ 3.799,70.

A greve dos servidores que desempenham funções técnicas e administrativas faz parte do movimento nacional de paralisação de servidores federais, e tem reivindicações diferentes das dos docentes. De acordo com as entidades, todos os 40 institutos (incluindo os dois centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II, no Rio) e todas as 59 universidades federais aderiram parcial ou totalmente à greve.
As principais reivindicações dos servidores são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada.
No início de julho, o Ministério da Educação anunciou um prazo mais amplo para a efetuação das matrículas dos estudantes aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que contou com a participação de mais de 40 instituições federais em greve. Na ocasião, os servidores dos setores administrativos garantiram o funcionamento mínimo dos serviços prioritários das instituições, incluindo as matrículas para os ingressantes no segundo semestre.
Do G1 CE


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