Traficantes das favelas que formam o complexo da Maré, da mesma facção que comandou o tráfico durante mais de duas décadas nas favelas da Rocinha e Vidigal, em São Conrado, tomaram esta semana três favelas de Niterói, fugindo da expansão das unidades de pacificação do Rio. Homens já
estariam circulando armados nas comunidades do Palácio, no Ingá; Sabão, no Centro — em frente ao 12º BPM (Niterói) — e no Boa Vista, no Fonseca, com fuzis e pistolas automáticas. O assunto passou a ser investigado pelos policiais civis e militares da cidade.Na tarde da última segunda-feira, um casal do Rio que seguia de carro para conhecer o Museu de Artes Contemporânea (Mac) no bairro da Boa Viagem, errou o caminho e entrou por engano na favela do Palácio, no Ingá. O homem e a mulher foram atacados pelos traficantes. O Mac é uma atrações turísticas do município, atraindo centenas de visitantes de várias partes do estado e estrangeiros todos os meses.
O Mac é uma das obras do chamado “Caminho Niemeyer”, um conjunto de equipamentos culturais municipais de edifícios de grande valor arquitetônico construídos pelo arquitero Oscar Niemeyer, nos bairros litorâneos na cidade de Niterói. O projeto se estende por 3,5 quilômetros na orla da cidade, do centro à Zona Sul.
Segundo relatos de testemunhas, depois de entrar na favela, o casal não teria atendido o sinal de bandidos para parar. Os traficantes abriram fogo: a mulher que viajava no banco do carona recebeu tiros no ombro e no pulso, e foi socorrida.
Segundo o homem contou aos policiais da 76ª DP (Centro) que investigam o caso, ele teria entrado na favela por erro no GPS do carro, acionado para chegar ao Mac. O aparelho indicou o melhor caminho por dentro da comunidade. No morro funciona um museu menor, o Módulo de Ação Comunitária, chamado de “Maquinho” — destinado a promover cursos e oficinas a jovens de comunidades carentes.
O Globo
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