Os professores da Universidade Federal doCeará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) rejeitaram nesta segunda-feira (30) a proposta do governo apresentada no último dia 24. A assembleia geral extraordinária do
Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC) foi realizada no auditório do Centro de Ciências, no campus do Pici, em Fortaleza, e teve a participação de 295 professores. Os docentes dos campi do Cariri e de Sobral assistiram por videoconferência.Durante a assembleia, os professores federais também votaram contra a realização de um plebiscito proposto pelo sindicato para esta terça-feira (31) e quarta-feira (1°). Na consulta que foi negada, os professores que não participaram da assembleia desta segunda-feira (30), poderiam votar sobre a proposta do governo.
“A diretoria lamenta (a rejeição do plebiscito). Houve um prejuízo para a democracia. Nós queríamos ouvir uma quantidade maior de professores, mas tudo que foi decidido pela assembleia vamos encaminhar”, afirma a secretária geral da Adufc, Marília Brandão. Segundo o sindicato, ao todo, são 2.500 professores. O sindicato vai apresentar a decisão dos docentes em uma reunião na quarta-feira (1°) agendada para as 21h, entre o governo e os sindicatos na mesa de negociação.
Nova proposta
No dia 24 de julho, o governo federal ofereceu uma nova proposta de reajuste nos salários dos professores federais para acabar com a greve da categoria, que já dura quase dois meses e atinge 57 das 59 universidades federais. Representantes dos docentes se reuniram com o governo e ficaram de consultar as bases para decidir se põem fim à paralisação.
Pela nova proposta, anunciada pela Federação dos Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), o reajuste mínimo passaria de 12% para 25%; o máximo, para professores com titulação maior e em dedicação exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% já concedidos pelo governo numa medida provisória.
O aumento seria dado já a partir de março de 2013, e não mais no segundo semestre do ano que vem. O custo total, para os próximos três anos, seria de R$ 4,2 bilhões, em vez de R$ 3,9 bilhões, como previsto na proposta anterior, rejeitada pelos professores.
Do G1 CE
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