Ídolo histórico do Flamengo completa seis décadas neste domingo. Carreira do "Galinho de Quintino" é marcada por títulos, passagem pela seleção brasileira e experiências como técnico e dirigente. Confira detalhes da trajetória do ex-jogador.
3 de março de 1953
Nascimento
Às 7h, na casa 7 da Rua Lucinda Barbosa, no bairro de Quintino, no Rio de Janeiro, nasce aquele que seria considerado o maior ídolo da história do Flamengo: Arthur Antunes Coimbra, ou simplesmente Zico.
21 de janeiro de 1965
Infância no Maracanã
Ainda criança, com 11 anos, Zico pisa pela primeira vez no gramado que seria o seu principal palco. O pequeno Arthur entrou em campo no Maracanã como mascote do time do Flamengo no clássico diante do Vasco. No fim, derrota por 4 a 1.
28 de setembro de 1967
Brilho no futsal
Após se destacar em torneios de futsal do subúrbio do Rio, Zico é levado para um teste no Flamengo, onde é aprovado e inicia a histórica trajetória. A primeira atuação ocorre em um amistoso da escolinha, no dia 1º de outubro, onde a então promessa marca dois gols.
setembro de 1970
Plano do Flamengo
O então vice-presidente geral do clube, George Helal, vislumbrou o potencial do franzino Arthur e solicitou a criação de uma comissão atlética para desenvolver a capacidade física da promessa.
14 de março de 1971
Garoto se destaca
Pela categoria juvenil, Zico balança as redes do Maracanã pela primeira vez no empate por 1 a 1 com o Botafogo.
11 de agosto de 1971
Gol com a camisa rubro-negra
Já pelo time principal, na Fonte Nova, marca o primeiro gol pelos profissionais do Flamengo. Empate por 1 a 1 com o Bahia.
9 de dezembro de 1971
Primeiros passos com a seleção
Marca o primeiro gol pela seleção brasileira em jogo do Pré-Olímpico, garantindo a vitória por 1 a 0 sobre a Argentina.
julho de 1972
Lamentações
Após boa participação no pré-olímpico, Zico sente enorme frustração por não estar na lista de convocados da seleção brasileira para os Jogos de Munique e quase abandona o futebol.
maio de 1973
Acordo com o Fla
Com 20 anos, Zico assina seu primeiro contrato profissional com o Flamengo.
22 de dezembro de 1974
Líder em título
Já com a histórica camisa 10, conquista o primeiro título profissional da carreira, o Campeonato Estadual. De quebra, ainda bate o recorde de Dida, seu ídolo, ao marcar 49 gols com a camisa do Flamengo em uma única temporada.
18 de dezembro de 1975
Vida pessoal
Apesar da temporada sem títulos, Zico teve motivos para comemorar no fim do ano. Casou-se com Sandra, sua esposa até os dias atuais.
25 de fevereiro de 1976
Início pela seleção
Zico faz sua estreia na seleção brasileira principal. E com o “pé direito”. O camisa 10 marca de falta, o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, em Montevidéu.
15 de outubro de 1977
Papai Zico
Nasce o primeiro filho de Zico: Arthur Antunes Coimbra Júnior.
3 de junho de 1978
Zico se exibe ao mundo
Zico disputa sua primeira partida de Copa do Mundo, na Argentina. Com uma atuação tímida, o Brasil apenas empata por 1 a 1 com a Suécia.
16 de outubro de 1978
Família aumenta
Nasce o segundo filho de Zico: Bruno de Sá Coimbra. Sem sucesso no futebol, o herdeiro tentou a carreira no pagode e, mais recentemente, como empresário de jogadores.
6 de abril de 1979
Ao lado do Rei
Já apontado como uma estrela do futebol brasileiro, Zico disputa um amistoso contra o Atlético-MG, no Maracanã, ao lado de Pelé, que também veste a camisa rubro-negra. Vitória do Flamengo por 5 a 1.
junho de 1980
Destaque e título
Zico comanda o Flamengo na final contra o Atlético-MG e conquista seu primeiro título brasileiro após a vitória por 3 a 2. Era o início da época mais vitoriosa dele e do rubro-negro.
23 de novembro de 1981
Gols na Libertadores
Com dois gols, Zico comanda a vitória do Flamengo sobre o Cobreloa, do Chile, e leva o rubro-negro ao primeiro, e único, título da Libertadores da América de sua história.
13 de dezembro de 1981
Melhor do Mundial
Mesmo sem marcar, Zico é eleito o melhor em campo e comanda mais um título do Flamengo. Desta vez, o mais importante da história: o Mundial Interclubes. O rubro-negro venceu o Liverpool, da Inglaterra, por 3 a 0.
25 de abril de 1982
Auge
No auge da forma, Zico leva o Flamengo a mais um título: o bi brasileiro. O time da Gávea venceu o Grêmio por 1 a 0.
5 de julho de 1982
Decepção na Espanha
Em sua segunda Copa, Zico era o camisa 10 da seleção que encantava o Brasil e o mundo. Desta vez, porém, a sorte não estava ao seu lado. O Brasil perde por 3 a 2 para a Itália, no estádio Sarriá, em Barcelona, na Espanha, e é eliminado.
6 de fevereiro de 1983
Terceiro filho
Nasce o terceiro filho de Zico: Thiago de Sá Coimbra. Ele chegou a tentar carreira no futebol, atuou no América-RJ, mas não repetiu o sucesso do pai.
29 de maio de 1983
Mais títulos
Zico reencontra o caminho dos títulos e conquista o tri brasileiro após uma vitória por 3 a 0 sobre o Santos, no Maracanã. O ídolo do Flamengo marca um gol na partida
15 de junho de 1983
Experiência na Itália
Tanto sucesso no futebol brasileiro chama a atenção do futebol europeu e Zico é vendido para a Udinese, da Itália, por 4 milhões de dólares.
24 de maio de 1985
Retorno ao Fla
O ex-presidente George Helal comanda a operação que repatria Zico. O ídolo volta ao Flamengo após uma passagem com muitos gols de falta, mas sem muito brilho na Itália.
21 de outubro de 1985
Problemas físicos
No ano que retorna ao Flamengo, os títulos passam longe e uma lesão no joelho marca negativamente a temporada. Zico realiza uma cirurgia no joelho para corrigir fraturas em cinco pontos diferentes, após uma entrada forte do zagueiro Marcio Nunes, do Bangu.
21 de junho de 1986
Nova chance na Copa do Mundo
Mesmo sofrendo com dores no joelho, disputa a Copa do Mundo no México, a terceira na carreira. Zico desperdiça um pênalti contra a França e o Brasil é eliminado. Era a última chance do craque ganhar um Mundial, o que não aconteceu.
13 de dezembro de 1987
Superação das lesões
Após a derrota na Copa e um ano lutando contra as dores no joelho, fazendo inúmeros tratamentos, Zico conquista o tetra brasileiro pelo Flamengo. Vitória por 1 a 0 sobre o Internacional.
6 de fevereiro de 1990
Adeus ao Fla
Zico se despede do Flamengo em amistoso com grande festa no Maracanã.
março de 1990
Na política
Zico aceita convite para ser Secretário Nacional de Esportes. Desenvolve a Lei Zico, que teria 83% de seu texto copiado posteriormente pela Lei Pelé.
21 de maio de 1991
Aventura no Japão
Deixa o cargo no governo e aceita convite para jogar no Japão, assinando contrato com o Sumitomo Metals (que depois viraria Kashima Antlers), da segunda divisão. A ideia dos nipônicos era desenvolver o esporte no país através da imagem de Zico.
10 de outubro de 1994
Novo adeus
Após 88 jogos e 54 gols no Japão, além de 509 gols em 732 partidas pelo Flamengo, Zico se despede definitivamente dos gramados em um amistoso entre o Kashima Antlers e os estrangeiros que atuavam no país oriental.
20 de janeiro de 1995
Vida de cartola
Cria o Centro de Futebol do Zico, que mais tarde se chamaria apenas CFZ e se tornaria um time profissional do Rio de Janeiro, formando atletas e negociando jogadores.
6 de março de 1998
Bastidores da seleção
Com certa experiência nos bastidores, Zico é convidado para o cargo de coordenador técnico da seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo. Briga com Romário após definir, junto com a comissão técnica, cortar o artilheiro do Mundial. Depois, os dois fizeram as pazes.
22 de junho de 2002
Mais uma vez Japão
Assume o comando da seleção do Japão após a Copa do Mundo daquele ano. O trabalho rende frutos e Zico leva à seleção ao Mundial da Alemanha, em 2006.
6 de julho de 2006
Pelo mundo
Zico inicia sua trajetória como técnico de clubes no Fenerbaçe, da Turquia. O trabalho é bom e o "Galinho" leva o time às quartas da Liga dos Campeões 2007-2008. Na sequência, ainda no leste europeu, trabalha no Bunyodkor, do Uzbequistão, no CSKA, da Rússia, e no Olympiakos, da Grécia.
30 de maio de 2010
Dirigente do Fla
Passada a fase de técnico de clube, Zico, após muita insistência da presidente Patricia Amorim, aceita o convite para ser diretor de futebol do Flamengo.
outubro de 2010
Saída polêmica
Através de um comunicado em tom de desabafo em seu site oficial, Zico deixa o cargo executivo no Flamengo. O ídolo foi alvo de ataques nos bastidores do clube por colocar jogadores empresariados por seu filho Bruno no elenco profissional. Ele não suportou a pressão e o desgaste e deixou o clube do coração.
25 de agosto de 2011
Destino inustado
Partiu rumo ao Iraque para seu último desafio como técnico. Ficou um ano no comando da seleção do país e deixou o cargo após problemas de segurança e financeiros, já que não recebia o salário em dia. Encerra a carreira como treinador com 300 jogos, 173 vitórias, 64 empates e 63 derrotas.
3 de dezembro de 2012
Campanha aberta
Após brigar com a gestão Patricia Amorim e se afastar do Flamengo, volta ao clube de coração para fazer campanha para Eduardo Bandeira de Mello e ajudá-lo a ser eleito como novo presidente rubro-negro.
http://esporte.uol.com.br
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