O Ministério Público encaminhou nesta terça-feira à Justiça um recurso contra a pena de 20 anos dada a Mizael Bispo de Souza pela morte de sua ex-namorada, Mércia Nakashima. A ideia da Promotoria é elevar em dois ou três anos a pena do acusado.
Para o Ministério Público, a pena ficou dentro do esperado, mas, segundo o
promotor Rodrigo Merli Antunes, "a jurisprudência majoritária é no sentido de aplicar um aumento de 1/6 sobre a pena base para cada uma das agravantes reconhecidas. E, no caso concreto, o juiz não agiu dessa forma, aplicando quantidade menor".
O julgamento de Mizael foi concluído na última quinta-feira (14), após quatro duas de júri. Na ocasião, o juiz Leandro Bittencourt Cano afirmou que Mizael "sabia da licitude da conduta, mas mostrou insensibilidade com a vida humana".
Ele acrescentou ainda que o crime corresponde a uma "conduta desprezível, que supera o limite do tolerável", e disse que Mércia foi "atraída ardilosamente a uma cilada" e que o crime causou "danos psicológicos e incomensurável aos familiares da jovem".
O promotor afirmou ao término do júri que poderia pedir uma investigação da defesa de Mizael devido às acusações feitas no plenário de que a polícia teria "forjado provas" contra o réu. Segundo ele, poderia ser solicitada investigação "para apurar crimes contra a honra".
No julgamento, Mizael e sua defesa afirmaram que a alga encontrada no sapato do réu foi forjada. O material foi usado para liga-lo ao local onde foi encontrado o corpo de Mércia, a represa de Nazaré Paulista (a 64 km de São Paulo). No depoimento, Mizael negou participação no crime.
folha
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