A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta segunda-feira (2) que as próteses mamárias da marca francesa PIP são menos resistentes do que o exigido pelos padrões brasileiros. Em testes de resistência realizados em laboratório pela Anvisa,
41% dos lotes foram reprovados.Foram testadas 306 amostras de 51 lotes diferentes da marca. Além do alto risco de ruptura, os especialistas encontraram grandes variações de um lote para o outro, o que, segundo a Anvisa, indica falta de controle na fabricação. No entanto, os estudos demonstraram que o gel em si não é tóxico nem provoca câncer.
O registro dos implantes mamários da PIP no Brasil foi cancelado definitivamente no início do ano, após um escândalo mundial de adulteração do produto. O dono da marca, o francês Jean-Claude Mas, enfrenta um processo por fraude em seu país. A marca holandesa Rofil também perdeu seu registro junto à Anvisa pelo mesmo motivo.
Para as mulheres brasileiras que usam prótese de mama PIP ou Rófil, as cirurgias de troca podem ser feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de preferência em casos em que já houve ruptura ou há sérios riscos. As pacientes que não apresentam nenhum problema com o implante devem fazer um monitoramento de rotina com seus médicos, recomenda a Anvisa.
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