As autoridades de Nova York tentam combater os chamados "bordéis móveis", serviços de prostituição oferecidos em caminhões que circulam pela cidade.
Muitas das prostitutas são vítimas de tráfico humano, trazidas ilegalmente do México para Nova York, onde são obrigadas a trabalhar em turnos de 12 horas, prestando serviços a entre 25 e 30 homens por dia.
Cafetões também oferecem garotas de programa em serviços de entrega em domicílio.
Discretos cartões distribuídos nas ruas contém o número de um cafetão, que fornece os horários e dias livres das prostitutas.
Uma vez agendado, um motorista leva a prostituta até o local combinado.
Apelidados de "chica cards", os cartões são camuflados com imagens singelas, como uma pomba branca. Outros parecem cartões de visita.
"Alguns cartões vêm com a foto da mulher pelada. A maioria, porém, vêm com anúncios de chocolates, flores e até de aniversários infantis", disse à BBC a advogada Lori Cohen, do Sactuary of Families, grupo que defende vítimas de tráfico humano.
Muitas das mulheres forçadas a se prostituir acabam sendo assaltadas pelo cafetão ou pelo próprio cliente.
"Muitas prostitutas são levadas a casas de festas e depois estupradas por cerca de quinze homens. O motorista recolhe o dinheiro de cada ato", explica Lori.
O Centro Nacional de Pesquisa do Tráfico estima que a atividade ilegal fatura cerca de US$ 5.250 (R$ 10.500) por semana, com uma única prostituta.
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