segunda-feira, 16 de julho de 2012

Suspeitos de terem matado brasileira são presos em Portugal

Mirian da Costa Nunes,53, que foi encontrada morta em seu apartamento em Portugal no mês de junho

Dois suspeitos de terem matado uma brasileira em Portugal foram presos na última quinta-feira (12). Mirian da Costa Nunes, 53, foi encontrada morta em seu apartamento em Torres Vedras (53 km de Lisboa) no dia 14 de junho.
Nunes morava em Portugal há seis anos,
onde atuava como empregada doméstica na casa de uma família. Ela foi encontrada morta com sinais de tortura e amarrada à própria cama e teve o corpo queimado. Jóias, cartões de crédito e o notebook dela tinham sido levados.
Após um mês de investigações, a Polícia Judiciária portuguesa chegou a um casal de brasileiros, uma mulher de 25 anos e um homem de 30 anos. A irmã da vítima, Marisa da Costa Nunes, que viajou a Portugal com a sobrinha após o crime, diz que o casal era conhecido e frequentava a casa da irmã. Segundo ela, a mulher era a antiga moradora do apartamento, e apresentou Nunes para o dono do imóvel quando se mudou de lá.
"Ela pedia dinheiro emprestado para a minha irmã, inclusive [pediu] uma vez em que veio fazer uma cirurgia plástica no Brasil. Essa mulher chamava minha irmã de 'mãezinha'."
O casal será interrogado pela Justiça portuguesa nesta semana. Há suspeitas de que Nunes tenha sido torturada para revelar a senha dos cartões de crédito.
EM PORTUGAL
Durante a estadia de 15 dias em Portugal, as familiares da vítima dizem ter passado por dificuldades. Elas não conseguiram a documentação necessária para ter acesso aos bens de Nunes --a conta bancária e o ressarcimento do seguro de vida-- e optaram pela cremação do corpo para facilitar o transporte ao Brasil.
"Disseram que o Itamaraty estava nos ajudando, mas não estava", desabafou. "Minha sobrinha foi no consulado brasileiro para conseguir uma certidão de nascimento autenticada da mãe. Eles cobraram 25 euros e não deram nenhuma orientação. Descobrimos depois que não serviria pra nada".
Segundo o Itamaraty, o órgão é responsável por mediar o contato com autoridades internacionais, mas não tem a função de arcar com despesas de viagem e transporte de corpo, nem pode intervir nas políticas de bancos e instituições estrangeiras. Nesse caso, segundo o órgão, as pessoas devem se informar previamente sobre o que levar.
Sem recursos, as duas ficaram hospedadas na casa de uma amiga da irmã, que mora em Lisboa. Segundo Marisa, as passagens aéreas foram pagas pelo jornalista José Luiz Datena.

RICARDO BUNDUKY
COLABORAÇÃO PARA FOLHA


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Futebol ao vivo