O Brasil obteve um domínio inédito na Libertadores ao classificar seis times para a fase eliminatória nesta edição de 2013. Nunca na história da competição um país teve tantos representantes nas oitavas de final. Com o final da fase de grupos, na quinta-feira, passaram Fluminense, Grêmio, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Atlético-MG. Isso foi possível
graças ao inchaço do torneio e ao maior poderio financeiro e técnico nacional em relação aos rivais sul-americanos.
A Libertadores tinha uma limitação de equipes por países até o século passado. A partir do ano de 2000, surgiu a edição renovada da competição em que se iniciou uma explosão no número de times, saltando de cerca de 20 para mais de 30, dependendo do ano. Atualmente, o número está em 38.
Argentina e Brasil foram favorecidos com mais vagas. A partir de 2004, os brasileiros poderiam ter até seis agremiações na competição se contassem com o campeão, direito que foi dado aos argentinos em seguida. Com isso, intensificou-se o predomínio dos dois países nas fases finais.
Mesmo assim, os dois países nunca tinham classificado seis times para as oitavas. O Brasil já teve esse número de participantes em quatro edições, 2006, 2007, 2011 e 2012. Mas sempre uma das equipes foi eliminada. Foi o caso do Paulista, Internacional e Flamengo, nas fases de grupo de 2006, 2007 e 2012. E foi o caso do Corinthians na pré-Libertadores de 2011.
A Argentina contou com seis representantes em dois anos, 2008 e 2010. Mas também não conseguiu a classificação de todos os times para as oitavas de final.
É verdade que, desde 2005, o Brasil classifica sempre cinco times paras as oitavas. Em três dessas ocasiões, isso significava que todas as agremiações do país na competição tinham ido adiante.
Esse predomínio brasileiro também é bem diferente do que se vê na Liga dos Campeões. A atual Liga dos Campeões teve quatro espanhóis classificados às oitavas de final. Esse é também o número de ingleses ou italianos nas eliminatórias quando esse países tiveram o domínio da principal competição continental europeia em sua fase moderna.
A Liga dos Campeões também teve um inchaço com a criação de fases eliminatórias. Mas, como são 53 países filiados à Uefa (Federação Europeia) contra 11 da Conmebol (Confederação Sul-Americana), há necessidade de atender um número maior de nações. Ou seja, existe uma limitação de quatro agremiações por país.
Rodrigo Mattos
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
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