terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pais de brasiliense desaparecido oferecem recompensa a peruanos

Artur Paschoali, desaparecido no Peru desde 21 de dezembro (Foto: TV Globo/ Reprodução)

A família do brasiliense Artur Paschoali, desaparecido no Peru em 21 de dezembro, está oferecendo recompensa em dinheiro às pessoas que tenham informação sobre a localização do rapaz. De acordo com a mãe de Artur, Susana Paschoali, o pagamento foi sugestão da polícia peruana.

"Os próprios policiais, quando chegam às casas para conversar com os moradores já avisam que haverá recompensa. [...] As pessoas aqui são simples, têm dificuldade para falar e não querem se expor", afirmou Susana.

Segundo e mãe de Artur, os pais não definiram o valor. "É mais uma tentativa de reforçar [a busca]. Não determinamos valor, mas pensamos em algo como 200 soles para ter mais informação. Está tudo muito vago ainda”, declarou. Uma unidade da moeda peruana Novo Sol equivale a R$ 0,80.

Os pais de Artur chegaram a Santa Teresa, próximo a Machu Picchu, na região de Cusco, na última quarta-feira (2) para acompanhar as buscas da polícia local. O mochileiro foi visto pela última vez na região, antes de sair do local onde estava hospedado para fotografar.

Relatos de pessoas que disseram ter visto Artur apontam lugares diferentes por onde o jovem de 19 anos pode ter passado, segundo o pai dele, Wanderlan Vieira. Ele afirmou que uma mulher e um homem com quem  conversou prestaram depoimento à polícia dizendo terem visto o jovem.
Uma moradora do povoado de Fahuayaco afirmou ter preparado um prato vegetariano para um jovem com características físicas semelhantes às de Artur, que é vegetariano. Segundo a mulher, ele informou que faria o percurso do Caminho Inca.
“Mas depois outra pessoa falou algo diferente. Um senhor disse que teria visto o Artur passando por um local chamado Llaqtapa”, afirmou Vieira.

Buscas
Nesta segunda-feira (7) o irmão de Artur, o engenheiro Felipe Paschoali, contestou as informações do Itamaraty sobre o auxílio nas buscas. Segundo o irmão do mochileiro, o engenheiro civil Felipe Paschoali, os cães farejadores e o helicóptero que o Ministério das Relações Exteriores informou que seriam usados pela polícia local, ainda não estão sendo utilizados.

Ele afirma, também, que apenas 20 pessoas trabalham nas buscas, 15 deles nas montanhas da região. "A equipe dos bombeiros também só trabalhou no sábado de manhã. O Itamaraty prometeu mas ainda não aconteceu. As equipes locais estão ajudando muito, mas não é o suficiente. Se não tiver o helicóptero, a gente não tem como andar", afirma Felipe, que está em Brasília acompanhando as buscas por telefone ao falar com os pais.

Ele pede que o Ministério das Relações Exteriores solicite às autoridades que agilize o auxilio. No último sábado (5), o Itamaraty informou que 45 policiais e bombeiros estavam trabalhando nas buscas. No dia anterior, o órgão disse que uma equipe especializada atuaria com o auxílio de cães farejadores.
O Itamaraty informou que está em contato constante com os pais e com as equipes de busca. Segundo o Ministério, a família de Artur conta com assistência consular. O encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em Lima, Pedro Dalcero, autoridade máxima brasileira no país andino atualmente, se reuniu com o ministro peruano do Interior, Wilfredo Pedraza, para definir as ações de busca na última sexta.
O órgão informou, por meio da assessoria de imprensa, que o governo do Peru está atuando com "bastante empenho".
O Ministério das Relações Exteriores não estuda a possibilidade de a polícia brasileira cooperar com a busca. No sábado, o diplomata da embaixada brasileira em Lima Carlos Garcete chegou a Santa Teresa e se reuniu com os pais de Artur. O diplomata relatou que eles estão serenos e não demonstraram insatisfação com os rumos dos trabalhos de busca.
Na sexta-feira, Garcete esteve em Cusco, onde teve encontro com o comissário da polícia local. O representante do Itamaraty levou mapas topográficos da região onde estão sendo feitas as buscas. De acordo com o Itamaraty, os trabalhos estão concentrados nos arredores de Santa Teresa.
Do G1 DF



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