Os falecidos Papas João Paulo II e João XXIII vão ser canonizados, confirmou o Vaticano nesta sexta-feira (5).
O Vaticano anunciou que o Papa Francisco aprovou, nesta sexta, um decreto que reconhece um segundo milagre atribuído ao pontífice polonês Karol Wojtyla, que nasceu em 1920 e
liderou a Igreja Católica entre 1978 e sua morte, em 2005.
O Vaticano confirmou que o Papa João XXIII, que pontificou entre 1958 e 1963, também será santificado.
Em seu caso, Francisco considerou que a canonização é merecida, apesar de não haver nenhum milagre formalmente atribuído a ele.
As datas das cerimônias de canonização ainda não foram divulgadas.
Segundo milagre
Na terça-feira (2) os cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos aprovaram o segundo milagre, segundo fontes da Santa Sé.
O caminho rumo à santidade tem várias etapas: a primeira é ser proclamado venerável servo de Deus, a segunda, beato, e a terceira, santo.
Venerável Servo de Deus é o título que se dá para uma pessoa morta que reconhecidamente viveu suas virtudes de maneira heroica.
Para que um venerável seja beatificado é necessário que tenha se produzido um milagre por sua intercessão. Enquanto que para ser canonizado é necessário um segundo milagre. Esse segundo milagre deve ocorrer após a beatificação.
Durante os funerais de João Paulo II, após 27 anos de pontificado, um dos mais longos da história, a multidão gritou "santo subito".
O agora Papa Emérito Bento XVI autorizou a análise de suas virtudes e de sua obra para que fosse declarado bem-aventurado.
Cerimônia única
Segundo fontes religiosas, o Papa Francisco deseja proclamar os dois Papas santos em uma única cerimônia.
O Papa argentino considera João XXIII um "modelo de santidade" por sua simplicidade e bondade.
O italiano Angelo Roncalli (1881-1963) surpreendeu o mundo, na década de 1960, ao convocar um concílio, o Vaticano II, para reformar e modernizar a Igreja.
Primeira encíclica de Francisco
O anúncio das canonizações foi feito no mesmo dia da publicação da primeira encíclica do papado de Francisco.
Do G1, em São Paulo
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