Em fase final de homologação, chega ao mercado nacional no próximo mês o primeiro triciclo motorizado para transporte de passageiros fabricado em território nacional. Campinas e Limeira estão entre as cidades que receberão o primeiro lote do veículo inspirado nos triciclos das regiões andinas e muito parecido com o tuk-tuk, modelo tradicional de táxi indiano. O Motocar deve chegar às concessionários do interior paulista por R$
10,5 mil.
A previsão da montadora é que, dentro de 30 dias, esteja encerrado o trâmite final da homologação do veículo, que depende do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Segundo o diretor da Motocar em São Paulo, Fábio Di Gregorio, o veículo já foi aprovado em todos os testes e, agora, o que separa o Tuk-tuk brasileiro do consumidor são "detalhes burocráticos", segundo ele.
Os 200 primeiros triciclos que serão montados em Manaus já têm destino certo. Estão todos vendidos e serão enviados a concessionárias das seguintes cidades: Campinas (SP), Araras (SP), Limeira (SP),Araraquara (SP), Barretos (SP), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Campo Grande(MS), Rio Verde (GO), Recife (PE), Manaus(AM), Belém (PA), Santarém (PA) e Altamira(PA).
Nestes quatro últimos municípios, da região Norte, triciclos de modelo similar já circulam desde o ano passado, quando a montadora importou os veículos para sondar a aceitação do estilo de veículo no mercado nacional.
Perfil
O Motocar leva até três pessoas, tem uma cabine coberta e, por isso, o motorista e os passageiros são dispensados de usar capacete, como nas motocicletas. Do condutor é exigida carteira de habilitação do tipo A, a mesma exigida por motoqueiros. O triciclo brasileiro vai custar no máximo R$ 13,5 mil e o rendimento do veículo é de 25 quilômetros por litro de gasolina e o IPVA seguirá valores também semelhantes das motos.
A potência do triciclo pode ser comparada com a de uma moto de 150 cilindradas, mas a velocidade máxima é 70 Km/h, para compensar o peso do veículo, que também tem um bagageiro com capacidade para até 50 quilos.
Mototáxi
O diretor da Motocar explica que a concepção do modelo veio da América Central e, no Brasil, a proposta é que ele seja uma alternativa para os polêmicos mototáxis. “Mototáxi é um grande dilema no Brasil. Os grandes questionamentos são com relação à segurança e à higiene, já que nas motocicletas o passageiro usa o capacete sem saber quem o utilizou antes dele. O Motocar soluciona todos estes problemas”, disse. O triciclo conta com cinto de segurança e outros itens, como macaco, triângulo e extintor de incêndio.
Em Campinas, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que não existe autorização para este tipo de veículo circular como mototáxi na cidade. Este tipo de transporte é proibido na cidade.
Lana TorresDo G1 Campinas e Região
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