Três bebês nascidos no Hospital e Maternidade Madre Theodora, em Campinas (SP), entre fevereiro e maio deste ano foram diagnosticados com tuberculose. Os casos foram confirmados em agosto, mas a informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo hospital particular apenas nesta quinta-feira (20). Uma técnica em enfermagem do
Madre Theodora também foi diagnosticada com a doença no Hospital Celso Pierro e foi apontada como a transmissora da infecção aos recém-nascidos. Ela estava em férias em julho e não voltou ao trabalho por causa da doença. A funcionária foi afastada das atividades e passa por tratamento.
Apesar da tuberculose possuir tratamento e cura, para evitar uma disseminação é necessário realizar avaliações para descartar possíveis quadros da infecção e garantir a saúde dos possíveis expostos. Os pais das crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012 no Madre Theodora também serão chamados para investigar se existem outros casos de tuberculose.
De acordo com a diretoria do hospital, a funcionária tinha contato direto com as mães, e não com as crianças. O processo de verificação dos bebês nascidos será feito em duas etapas. Na primeira, serão examinados os que tiveram contato direto com a funcionária doente e, em seguida, os que podem ter sido expostos a ela.
Os pais das crianças receberão uma carta em casa com a data de comparecimento agendada para a realização de consulta médica e exames. Os agendamentos começarão na próxima semana. Para mais informações, as famílias podem ligar para o número de telefone 0800 94 0 23 73.
O Madre Theodora informou ainda que realizou uma investigação para descartar a doença em pessoas próximas da técnica em enfermagem e que está fazendo o mesmo com todo o seu quadro de trabalhadores, com a realização de exames de raio-X de tórax e de Derivado de Proteína Purificada (PPD). Até o momento, nenhum outro caso foi confirmado dentro da instituição.
Os três bebês foram diagnosticados com a doença por médicos dos hospitais Celso Pierro, Centro Médico e Mario Gatti, todos em Campinas. O terceiro caso foi descoberto durante investigação após a Vigilância em Saúde notificar o Madre Theodora sobre as duas primeiras confirmações.
Sobre a tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Koch, que é lançado no ar pela pessoa contaminada dentro de gotículas por meio de tosse, espirro ou até mesmo da fala. Essas gotículas permanecem no ambiente por algum tempo e podem ser inaladas por outras pessoas. Em muitos casos os mecanismos de defesa do organismo eliminam o bacilo antes de ele se instalar nos pulmões. No entanto, se esses mecanismos não funcionarem a pessoa vai desenvolver a doença.
No início, os principais sintomas são tosse seca e contínua. Com o passar do tempo, a doença pode se espalhar atingiu praticamente todo o corpo, principalmente os ossos, rins e a meninge, a membrana que envolve o cérebro. A pessoa contaminada passa a ter inflamação no sistema respiratório, febre, emagrecimento e tosse com pus ou sangue.
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da tuberculose deve ser feito por um período mínimo de seis meses, mas sem interrupção. Quase todos os pacientes que seguem o tratamento diário, sem interrupções, são curados. São usados quatro fármacos no tratamento: rifampicina (R), isoniazida (H), pirazinamida (Z) e etambutol (E).
Do G1 Campinas e Região
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