Um porta-voz do primeiro-ministro do Paquistão condenou as declarações do ministro de Ferrovias, Ghulam Ahmed Bilur, que ofereceu US$ 100 mil (R$ 202 mil) a quem assassine o autor do vídeo que denigre a figura de Maomé.
Em entrevista à "BBC", Shafqat Khalil assinalou que o governo do Paquistão "se desvincula
absolutamente" das declarações de Bilur.
Fontes do partido ao qual pertence o ministro, o Partido Nacional Awami (ANP), que faz parte do Governo de coalizão no Paquistão, assinalaram também à rede britânica que as manifestações de Bilur o foram a título pessoal e que não respondem a uma política de partido, embora tenham acrescentado que não tomariam medidas contra ele.
Em entrevista coletiva realizada na cidade noroeste de Peshawar, o ministro afirmou neste sábado (22) que está consciente que pedir o assassinato representa um crime, mas sentenciou que está pronto para cometê-lo, segundo os jornais "Dawn" e "Express Tribune".
"Se existe alguma causa interposta contra mim em uma corte internacional ou nacional, pedirei ao povo que me entregue", declarou Bilur, que justificou sua medida ao afirmar que é o único modo de amedrontar os blasfemos.
O ministro de Ferrovias solicitou o apoio dos talibãs e da rede terrorista Al-Qaeda e pediu "aos ricos que ponham à disposição da causa todo seu dinheiro, para que assim o assassino possa ser banhado em ouro e dólares".
Da EFE
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