Os cinco homens acusados de planejar e executar os atentados de 11 de Setembro podem ser condenados à pena de morte. Eles serão julgados por um tribunal militar em Guantánamo.
O governo dos Estados Unidos revelou, nesta quarta-feira (04/04), as acusações contra cinco homens suspeitos de planejar e executar os atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de
três mil pessoas. Se condenados, os prisioneiros "podem receber a pena de morte", afirmou um oficial do Pentágono, que supervisiona o julgamento.O governo dos Estados Unidos revelou, nesta quarta-feira (04/04), as acusações contra cinco homens suspeitos de planejar e executar os atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de
Conforme comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, "os cinco prisioneiros são acusados de planejar e executar os ataques em Nova York, Washington e Shanksville, no Estado da Pensilvânia". O documento confirma que "as autoridades responsáveis levaram o caso a uma alta comissão militar, o que significa que, se declarados culpados, os acusados podem ser condenados à morte".
Nos ataques, atribuídos a membros da rede terrorista Al Qaeda, foram sequestrados três aviões, que se chocaram com as torres do World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono. Um quarto avião caiu num campo na Pensilvânia.
Os acusados
Khaled Sheikh Mohammed, chamado de KSM, afirma ser o idealizador dos ataques. Trata-se de um paquistanês, que cresceu no Kuwait e foi educado nos Estados Unidos. Mohammed é acusado de ter planejado os ataques e treinado os sequestradores a usar facas, usando ovelhas e camelos.
Os promotores acreditam que ele era o comandante das operações da Al Qaeda no exterior até 2003, quando foi capturado. KSM afirmou ter sido responsável por 31 ações terroristas. Ele confessou ter planejado totalmente os ataques de 11 de Setembro e confirmou ter decapitado o jornalista do Wall Street Journal, Daniel Pearl. Em seu depoimento à justiça, KSM disse que iria se declarar culpado e se tornar um mártir.
Conforme divulgado por agências de notícias, Mohammed teria feito as primeira confissões depois de ter sido sujeito a 183 simulações de afogamento, técnica de interrogatório utilizada numa prisão secreta da CIA. "Nenhuma declaração obtida por meio de coerção pode ser usada (em um julgamento militar)", afirmou o chefe da promotoria, general Mark Martins. KSM, no entanto, tem repetido as confissões desde então.
Os outros acusados são os sauditas Walid Bin Attash e Mustafa al-Hawsawi, o iemenita Ramzi Bin al-Shibh, e o paquistanês Ali Abd al-Aziz Ali, chamado de Ammar Baluchi.
O grupo de prisioneiros, conhecido como "os cinco de Guantánamo", deverá comparecer a um tribunal nos próximos 30 dias para ouvir as acusações. O julgamento pode demorar mais alguns meses e será realizado na Base Naval de Guantánamo, em Cuba, onde os Estados Unidos criou comissões militares para julgar os suspeitos de terrorismo.
Mais de uma década após os ataques "é importante garantir que a justiça seja feita", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, ressalvando que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama ainda, quer cumprir a sua promessa de acabar com a prisão de Guantánamo.
Fonte:O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário