terça-feira, 16 de outubro de 2012

Obama promete 'não repetir erros' no segundo debate contra Mitt Romney

Mitt Romney e Barack Obama conversam após o debate de 3 de outubro em Denver, no Colorado (Foto: AP)O

presidente dos EUA e candidato à reeleição Barack Obama, distanciado do cenário político após o seu desempenho ruim no primeiro debate contra Mitt Romney, precisa se recuperar dessa derrota e se impor ao seu rival republicano no duelo verbal desta terça-feira (15), o
segundo da campanha.

No primeiro debate, em Denver, há quase duas semanas, Obama desapontou os democratas com uma apática defesa de seu governo e fracassou em apresentar uma visão convincente sobre por que motivo  merece um segundo mandato.

O desempenho de Obama foi considerado um dos piores desde que os debates presidenciais passaram a ser televisionados, em 1960.

Foi o vice-presidente Joe Biden o responsável por dissipar parte do pânico em seu duelo na semana passada com o companheiro de chapa de Romney, Paul Ryan, mostrando a fibra combativa e a convicção que o presidente não teve.

Obama está sob pressão para mostrar mais força no debate de terça-feira na Hofstra University, em Nova York, a 21 dias da eleição, diante de um oponente que se encontra no melhor momento de sua campanha.

Michael Kramer, professor de comunicação do St. Mary's College, Indiana, disse que Obama deve ter contato visual com o público que assistir ao debate, e não ficar olhando suas notas, como ocorreu em Denver.

"Ele precisa garantir que está falando diretamente com as pessoas que fazem as perguntas e se comprometer com elas, sendo mais dinâmico (...) precisa de mais energia em sua voz", disse Kramer.

No entanto, o presidente deve evitar ser muito agressivo, advertiu o especialista.

Os republicanos já trabalham com esta possibilidade.

"Acredito que o presidente Obama vá se mostrar muito desinibido. Vai ter que compensar o pobre primeiro debate", considerou o senador republicano Rob Portman na rede de televisão ABC.

De forma privada, os assessores de Obama disseram que levaram menos de quinze minutos para perceber em Denver que seu chefe estava fora de jogo, mas têm confiança que terá um bom desempenho desta vez.

"Acredito que verão alguém muito apaixonado pela eleição que o país enfrenta", disse à rede CNN o assessor Robert Gibbs, que indicou que Obama estava decepcionado com sua própria atuação no primeiro debate.

O debate na Universidade Hofstra, em Nova York, será no formato de encontro com eleitores, em que pessoas indecisas sobre a votação farão perguntas aos dois candidatos.
Seus seguidores esperam não apenas que ataque Romney por seu comentário depreciativo de que 47% dos eleitores votarão pela reeleição de Obama devido ao fato de se "sentirem vítimas" e acreditarem que o governo "deve se ocupar deles".

Eles também esperam que aborde os direitos das mulheres, e que responda às críticas de Romney sobre o fato de não ter administrado da forma adequada o caso do ataque ao consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia, no dia 11 de setembro, no qual morreram quatro americanos, incluindo o embaixador.

O fraco desempenho de Obama em Denver foi tema onipresente das conversas entre as pessoas, e houve quem tenha se perguntado se o presidente não estava simplesmente esgotado após quatro anos de gestão sob uma forte crise econômica.

Os conservadores se sentiram vingados. O colunista do ".National Review", Charles Krauthammer, se perguntou se Romney não seria "o tipo em sintonia, sereno, controlado de quem seus seguidores estiveram falando".

Após o debate de Denver, Romney diminuiu a vantagem de Obama nas pesquisas em nível nacional e minou sua vantagem nos estados-chave que decidirão a eleição.

A última pesquisa da ABC/The Washington Post divulgada na segunda-feira revela que ambos estão lado a lado: dá a Obama 49% das preferências contra 46% para Romney, diferença que entra na margem de erro.

Mas o presidente aparece à frente em nove estados-chave: Colorado, Flórida, Iowa, Nevada, New Hampshire, Carolina do Norte, Ohio, Virgínia e Wisconsin - por 51% contra 46%.
Do G1, com agências internacionais

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